Divulgação
Advogado,
negro e abolicionista. Um herói que não pode ser esquecido, Província Negra
narra um fato ficcional na vida do jurista Luiz Gama
Lançada
no dia 12/02 com roteiro de Kaled Kanbour e arte de Kris Zullo, Província Negra
foi vencedor do fomento cultural da prefeitura do munícipio de São Paulo em
2018.
Lançada
no dia 12/02 com roteiro de Kaled Kanbour (roteirista de animação e quadrinhos,
e professor de língua portuguesa e literatura) e arte de Kris Zullo (desenhista
e autor de diversos álbuns, e professor de artes plásticas), Província Negra
foi vencedor do fomento cultural da prefeitura do munícipio de São Paulo em
2018, na área de quadrinhos.
Ambientada
na São Paulo de 1869, a história transporta os leitores para um momento em que
a maior cidade do país tinha um pouco mais de 40 mil habitantes, muita garoa e
muita efervescência cultural. A obra faz um retrato da época, com
reconstituição dos fatos históricos, da arquitetura da cidade, da música, das
artes literárias e do teatro. Também aborda o ativismo político dos
paulistanos.
O leitor ficará surpreso com a riqueza e complexidade da,
literalmente, São Paulo provinciana. Província Negra mistura ficção e realidade
produzindo uma graphic novel policial que agrada aos interessados em história,
política, Direito e no movimento negro no Brasil. E, principalmente, aos
interessados em histórias em quadrinhos.
Por
algum motivo, os livros de história não trazem o nome de Luiz Gama: Filho de
Luiza Mahin, uma das líderes da Revolta dos Malês, Luiz Gama foi vendido pelo
próprio pai aos nove anos. Foi autodidata, e na juventude frequentou a
faculdade de direito do Largo de São Francisco. Advogado, lutou, em pleno
regime de escravidão, pela alforria de centenas de escravizados nos tribunais
da província, fazendo de sua banca de advocacia a sua trincheira. Era ativista
político e reconhecido poeta romântico e satírico. Amigo de Ruy Barbosa, Castro
Alves, Angelo Agostini, Paulo Eiró, Raul Pompéia e outros, era uma figura
querida e admirada em toda província. E temida. Escravagistas o tinham como o grande
inimigo. Políticos progressistas corriam para São Paulo para se aconselhar com
ele. Morreu jovem, aos cinquenta anos, de complicações de diabetes. A crônica
de seu funeral, escrita pelo Raul Pompéia, é um dos textos mais belos da língua
portuguesa.
“divulgar
a figura histórica de Luiz Gama para o maior número de pessoas e refletir sobre
as terríveis condições em que ele se criou, resistiu e lutou pela abolição da
escravidão. Personagem que ainda é relevante e fundamental no contexto
atual”. Disse Kaled, sobre o objetivo do projeto.
Província
Negra é um álbum de história em quadrinhos que retrata a cidade de São
Paulo na metade do séc. XIX, onde um personagem real de nossa história, o
advogado negro e abolicionista Luiz Gama, se vê envolvido injustamente no
assassinato de um escravagista. Ao desvendar a trama, Gama escancara a
ideologia que sustentou a escravidão em nossa sociedade, e que, de alguma
maneira, ainda ecoa em nossos dias.
“...nada
mais interessante do que ver um álbum em quadrinhos sobre Luiz Gama. Inspirado
em fatos de época, utilizando a ficção e os quadrinhos de modo rico, podemos
acessar o universo complexo de relações entre Luiz Gama, os abolicionistas e o
ambiente de violência sistemática contra grande parcela da população
brasileira. A história de Luiz Gama, como sempre, nos inspira.” Marcelo
D’Salete
Serviço:
Província Negra
Kaled Kambour (roteiro) e Kris Zullo (arte)
1ª Edição – 2019 (80 páginas, 20cmx28cm, P/B)
Gabaju Records & Comics Ltda ISBN 978-65-80923-00-7
Contato: cavalo@gabaju.com.br Tel/Whats – 11 99346-4849
Preço sugerido R$ 25,00
O álbum pode ser adquirido no site da editora: Ou na loja do particular do desenhista: fanpage do Facebook.
Província Negra
Kaled Kambour (roteiro) e Kris Zullo (arte)
1ª Edição – 2019 (80 páginas, 20cmx28cm, P/B)
Gabaju Records & Comics Ltda ISBN 978-65-80923-00-7
Contato: cavalo@gabaju.com.br Tel/Whats – 11 99346-4849
Preço sugerido R$ 25,00
O álbum pode ser adquirido no site da editora: Ou na loja do particular do desenhista: fanpage do Facebook.
Texto: Por Emerson Coe
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