O “Curumim, o último herói da Amazônia”,
que desde 1983 luta pela preservação da Floresta Amazônica e
conscientização ambiental, foi homenageado, na ultima terça-feira
(12), na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam).
A homenagem será feita em uma sessão
especial em comemoração à lei 302, de novembro de 2015, de autoria do deputado
estadual Dermilson Chagas (PEN), que declara o personagem Curumim
como patrimônio de natureza imaterial do Amazonas.
A solenidade foi um reconhecimento
ao suplemento infantil que circula nos jornais de Manaus há 33 anos e que
retrata a preocupação com a preservação da Floresta Amazônica.
“A mensagem que o Curumim promove às
crianças é profunda e atual. É algo que deve ser levado para dentro das
escolas. Essa linguagem tem de estar nas escolas para aproximar as crianças da
regionalidade. A publicação demonstra que o jornal está incentivando a leitura
infantil, principalmente atrelada à preservação do meio ambiente e isto deve
ser reconhecido”, disse Dermilson Chagas.
Para o criador do personagem, o diretor
de redação do jornal Amazonas Em Tempo, jornalista Mário Adolfo, o sucesso do
Curumim em diversas gerações pode ser explicado porque ele questiona
problemáticas em uma linguagem infantil.
“Ele (Curumim) é um indiozinho que se
preocupa com a preservação da floresta e interage com ela e com os animais,
criado em 1983, em uma época em que a Amazônia estava ameaçada. Cada personagem
do Curumim tem a ver com essa preocupação ecológica. A coisa mais bonita são os
e-mails que chegam de pais que liam o Curumim e que passaram esse hábito aos
filhos. Já encontrei pessoas dizendo ‘sou ecologista porque lia o Curumim’,
então é algo que já faz parte da cultura do Estado”, disse o criador do
“último protetor da Amazônia”.
O Curumim virou cartilha educativa sobre
a história do Amazonas, lançada na Suécia, em 1988; teve quadrinhos publicados
na coletânea “Curumim, o último Herói da Amazônia”, lançado na feira do Serviço
Social do Comércio (Sesc), em 1993; contou a história em quadrinhos no livro
“A.E.I. Ópera”, lançado pela Secretaria de Cultura (SEC), na Bienal
Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, em 2000; foi o mote da campanha de
conscientização do Festival de Parintins “Curumim Contrário ao Lixo”, em 2013;
através de quadrinhos, foi lançada a história do livro na 1ª Bienal do Livro do
Amazonas, “Curumim conta História do Livro”, em 2012; E o indiozinho também foi
tema da 30ª edição da Feira de Livro do Sesc, em 2015.
Personagens
A história do Curumim conta com a
tartaruga – que estava em extinção à época e, que ganhou o nome de Sarah Pateu;
o jacaré que tem medo de virar cinto e carteira, intitulado de Jacaretinga;
além do peixe jaraqui, intitulado de Jara; do papagaio que traz as notícias da
cidade para a floresta e que se chama Lourival; a árvore que se comunica com o
personagem, chamada de Geny Papo; o Mister Okay, biopirata que tenta roubar as
riquezas naturais da floresta amazônica; e a namorada do Curumim, a índia
Murupi.
“O Curumim foi inspirado no meu filho,Mário
Adolfo Filho, que na época tinha 1 ano de idade. Atualmente, meu outro
filho, Marcus Vinícius, que é publicitário, me ajuda a tocar o
Curumim. Os desenhos ainda sou eu quem faço, no papel com lápis, borracha e
nanquim, com traços finais e cores feitos por uma arte finalista”, disse Mário
Adolfo.
Segundo ele, a ideia é transformar o
Curumim em um gibi para ser comercializado em bancas em todo o país.
Atualmente, o indiozinho saiu das páginas dos jornais e se transformou em
produtos comercializados. “Fizemos a camiseta, que já virou sucesso, e
a ideia é transformar o Curumim em uma grande marca”, disse o criador do
personagem amazonense.
Editado sobre as informações vistas no Em Tempo. Fonte: https://zinebrasil.wordpress.com
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