A décima primeira edição de O
Bom Velho Faroeste mais uma vez apresenta aventuras inéditas de
dois dos mais brasileiros dos personagens do faroeste: Flecha Ligeira e
Cavaleiro Negro (anteriormente eles já apareceram aquihttp://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2011/06/heroi-do-velho-oeste-e-atracao-do.html,
aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2013/03/flecha-ligeira-retorna-em-aventura.html e
aqui http://www.jupiter2hq.blogspot.com.br/2014/09/o-bom-velho-faroeste-apresenta-os-mais.html).
Cada um com duas HQs distribuídas nas 32 páginas desta edição que é o
derradeiro lançamento da cooperativa Júpiter 2 – e fico imensamente feliz que
estejam aqui presentes tanto Adauto Silva (o autor da capa, relembrando o traço
do grande capista da Rio Gráfica e Editora/RGE, Walmir Amaral de Oliveira – que
foi, a propósito, colega de Adauto Silva na RGE nos anos 70, quando Adauto
usava uma cabeleira de fazer inveja aos Rolling Stones!), quanto José Menezes, co-autor
e ilustrador de todas as histórias, ele que só desenhou menos HQs do Flecha
Ligeira do que o próprio Fred Meagher! Dois artistas que brilharam na
inesquecível RGE, que encheu de gibis os deslumbrados jovens leitores de várias
gerações – a minha incluída, só não podia prever naquela época que um dia eu
viria a ser parceiro de trabalho desses dois grandes artistas dos Quadrinhos
brasileiros. Os autores das histórias presentes nesta edição, sabedores da
dificuldade de ser original diante de tudo que já foi produzido com estes
personagens, limitaram-se a manter o que poderíamos chamar de ‘espírito’ da
época em que as histórias do Cavaleiro Negro e do Flecha
Ligeira eram lidas mensalmente, por centenas de milhares de leitores –
brasileiros, principalmente. Quando as Histórias-em-Quadrinhos ainda não haviam
sido contaminadas com a malícia da cultura underground, e posteriormente pelas
perversões de Alan Moore, Neil Gaiman e cia., que acabaram por gerar uma atual
geração de roteiristas abomináveis, que trataram de ferir de morte as HQs,
despopularizando-as, elitizando-as de forma pedante e idolátrica, como acontece
hoje com os decadentes super-heróis norte-americanos dos Quadrinhos. A Júpiter
2 foi uma tentativa de combater tudo isso, todo esse lixo moral em que se
transformaram as Histórias-em-Quadrinhos. Foram ótimos esses dez anos de
existência do selo smeditora, depois chamado Júpiter 2. Valeu a pena mesmo,
ótimas parcerias resultando em quase duas centenas de gibis, e, pelo que já foi
vendido e distribuído até hoje, cerca de 70 mil edições circulando por aí. Quem
criticou ferozmente desde o começo, que faça melhor. Chegamos a incomodar,
sendo objeto de escárnio de alguns ‘grandões’ da mídia como o HQ Mix e a
revista Mundo dos Super-Heróis – que deveria de uma vez por todas mudar o nome
para Mundos dos Super-Heróis Marvel e DC! Que ridículo ver gente com mais de 40
anos bajulando filmes ruins como esses que vem sendo feitos dos asquerosos
super-heróis norte-americanos dos Quadrinhos!
Bem, mas estes assuntos já não me
interessam mais. Me despeço avisando que não estarei mais atualizando o blog
nem nada, se o blogger tirar do ar, tirou. Mas ainda tenho disponível a maioria
dos títulos publicados ao longo dos dez anos de atividades editoriais, e vou
continuar atendendo pedidos de interessados através do e-mail smeditora@yahoo.com.br. Texto: José Salles.
EMT - Divulgação
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