Apesar de as plataformas dedicadas
começarem a aparecer agora, a ideia de financiamento coletivo para livros já
existe há algum tempo no Brasil. Os profissionais dos quadrinhos, por exemplo,
conseguiram montar uma estrutura eficiente de crowdfunding, inicialmente com a
plataforma do site Catarse – o primeiro projeto bem sucedido foi o livro
Achados e Perdidos, de Luís Felipe Garrocho e Eduardo Damasceno, em 2011.
Desde então, se tornou possível um tipo de comercialização que não existia no cenário editorial brasileiro. É o que atesta o quadrinhista Rafael Coutinho, autor ele mesmo de dois projetos bem sucedidos de financiamento coletivo e um dos fundadores da Narval Comix, iniciativa voltada para a produção de quadrinhos autorais.
“No início, me pareceu algo muito insólito, mas aos poucos fomos entendendo como o processo funciona e tudo foi muito saudável”, afirma, ressaltando que nesse tipo de produção os leitores ficam muito próximos dos autores e editores.
Desde então, se tornou possível um tipo de comercialização que não existia no cenário editorial brasileiro. É o que atesta o quadrinhista Rafael Coutinho, autor ele mesmo de dois projetos bem sucedidos de financiamento coletivo e um dos fundadores da Narval Comix, iniciativa voltada para a produção de quadrinhos autorais.
“No início, me pareceu algo muito insólito, mas aos poucos fomos entendendo como o processo funciona e tudo foi muito saudável”, afirma, ressaltando que nesse tipo de produção os leitores ficam muito próximos dos autores e editores.
Coutinho explica que as redes sociais,
especialmente o Facebook, tiveram um papel importante na sua primeira
iniciativa no crowdfunding (O Beijo Adolescente), mas na segunda, com as
mudanças no funcionamento da rede social, o método de angariar apoiadores
mudou. “O alcance orgânico das postagens passou a ser muito baixo mesmo com
muitos curtis o que dificultou um pouco mas ao mesmo tempo abriu nossos olhos
para a lógica do crowdfunding”, diz Coutinho, ressaltando que o importante é
encontrar parceiros para viabilizar projetos, a “ideia quase ancestral do
mecenato”. Ainda há muito que se testar, mas as pessoas estão querendo
participar experiência de produção.
A escritora gaúcha Clara Averbuck também
realizou – e com sucesso considerável – um projeto próprio e agora deve
terminar de produzir seu sétimo livro, Toureando o Diabo. O projeto arrecadou,
por meio do Catarse, R$ 44,5 mil, quase R$ 10 mil a mais do que a meta.
A principal motivação para ela foi a
injustiça que considera a divisão dos lucros no mercado editorial brasileiro e
o desejo de maior contato com os leitores e consumidores de sua obra. “Acho o
fim do mundo livrarias ficarem com 50% do preço de capa do livro”, diz. Clara
começou a publicar na internet e, no início dos anos 2000, migrou para o
mercado editorial.
“No começo achei muito legal, mas depois
senti muito quando o processo saiu quase todo da minha mão”, lamenta a
escritora, que confessa que pode patinar um pouco na distribuição do seu
primeiro livro viabilizado pelo crowdfunding, previsto para agosto. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Visto no Diário do Grande ABC. Fonte:
Zine Brasil. EMT - Divulgação
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