A Fundação Pró-Memória de Indaiatuba a
sexta exposição virtual já foi disponibilizada no www.facebook.com/FundacaoProMemoriaDeIndaiatuba e
no site da http://www.promemoria.indaiatuba.sp.gov.br/.
O tema escolhido foi a Fazenda Pau Preto.
HISTÓRICO
A antiga sede da Fazenda Pau Preto foi
construída no início do século XIX, entre 1810 e 1820, através da técnica da
taipa, tanto a de pilão como a de mão, utilizando mão-de-obra escrava. Para
levantar paredes de taipa-de-pilão era necessário o uso de formas móveis com
peças encaixáveis que se moviam, de acordo com a necessidade de elevar ou
estender as paredes.
No interior da forma feita de tábuas, era
depositada uma massa composta majoritariamente por uma mistura de terra e água.
Após o depósito da massa era necessário pilar, ou seja, compactá-la com
intensas batidas, através do uso de uma ferramenta de madeira. A forma era
desmontada após a massa estar seca e montada e assim a parede ia se
constituindo. As paredes de taipa-de-mão eram feitas de madeira bruta,
amarradas com cipó, numa estrutura que levava o nome de “gaiola”.
Depois de estarem prontas, os espaços
vazios da estrutura eram preenchidos com a massa de terra e água, mas, desta
vez, com o uso das mãos. Em outras paredes foi identificado o uso de pedras,
além de tijolos, que foram usados num segundo momento, quando o prédio sofreu
alterações para adaptar-se às várias gerações da família Bicudo, que ali
residiu desde 1885 até a década de 1980.
Por volta de 1885, o proprietário da
Fazenda Pau Preto agregou a suas terras a chácara onde havia sido construído o
Casarão e o transformou em sede da propriedade e, logo após, construiu ao lado
do Casarão um prédio de tijolos para abrigar uma máquina a vapor para
beneficiar café, sendo por muito tempo a única na cidade. Assim, este prédio
que possui traços da arquitetura industrial inglesa é denominado Tulha.
A arquitetura do Casarão e da Tulha são
portadoras de informações da economia brasileira em dois períodos: no período
em que o Brasil foi colônia de Portugal, na qual o Casarão foi construído com o
incentivo português à produção açucareira, voltada ao mercado predominantemente
europeu; e a Tulha é fruto da economia cafeeira, do início da industrialização
no Brasil. Neste período, houve na região a introdução de linhas férreas
dinamizando a escoação da produção até o Atlântico.
Na década de 1980 a Fazenda Pau Preto já
recortada por ruas e outras construções, tornou-se alvo do mercado imobiliário,
ocasionando a destruição parcial da Tulha. Neste momento surgiu um movimento
para sua preservação e para impedir a sua total demolição. Desse modo, em 1983
o Casarão foi declarado de utilidade pública, para nele ser instalado um Museu.
Após esta data o prédio sofreu algumas intervenções e passou a abrigar a
Secretaria Municipal de Cultura.
Assim, o mesmo movimento originário para
impedir a demolição do Casarão deu origem a Fundação Pró-Memória de Indaiatuba
que se tornou responsável pela preservação do imóvel e em 2007 o Casarão Pau
Preto deixou de abrigar a Secretaria da Cultura e passou a ser sede
administrativa da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, abrigando o Museu, a
Biblioteca Municipal Rui Barbosa, o auditório Tulha e um espaço aberto (o
bosque), com árvores centenárias remanescentes da antiga fazenda. Fonte: www.maisexpressao.com.br. EMT - Divulgação
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