quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Geração Alpha exige mudanças no ambiente escolar e gestores precisam repensar modelo tradicional para manter engajamento


Mais conectados e questionadores, alunos nascidos a partir de 2010 demandam inovação, personalização e propósito no aprendizado 


São Paulo, setembro de 2025 - A sala de aula do século XXI já não comporta mais o modelo de ensino que marcou a formação de gerações anteriores. A Geração Alpha, composta por crianças nascidas a partir de 2010 e imersa em um mundo digital e hiperconectado, chega às escolas com demandas inéditas e que colocam em xeque a estrutura tradicional.
 

Segundo a consultoria McCrindle, que cunhou o termo, trata-se da geração mais educada e tecnologicamente habilidosa da história, o que exige das instituições uma revisão profunda de suas práticas.
 

Os gestores escolares, portanto, enfrentam o desafio de manter o engajamento desses alunos, que não correspondem mais apenas com aulas expositivas ou metodologias centradas no professor. Estudos apontam que 65% das crianças que hoje estão no ensino fundamental trabalharão em profissões que ainda não existem.
 

“O modelo de escola baseado apenas na transmissão de conteúdos já não responde às expectativas dessa nova geração. A Geração Alpha busca sentido, participação e experiências que dialoguem com sua realidade, marcada pela tecnologia e pela velocidade da informação”, explica Maria Cláudia Amaro, fundadora da Rhyzos Educação, instituição destinada a criar, desenvolver, apoiar e investir em negócios e iniciativas em educação básica no Brasil.
 

Contudo, Maria Cláudia ressalta que não se trata apenas de oferecer tablets para as crianças, mas de repensar currículos, estratégias e a própria função do professor, que passa a ser mediador e orientador de percursos individuais de aprendizagem.
 

Ainda segundo a especialista, o impacto esperado é amplo: formar alunos mais preparados para lidar com desafios complexos, capazes de inovar e de atuar em um mercado de trabalho que valoriza habilidades socioemocionais e digitais.
 

“Para os gestores, significa sair da zona de conforto e assumir o protagonismo de liderar mudanças reais, que aproximem escola e aluno em torno de um propósito comum. Nunca tivemos uma geração tão preparada para aprender de forma colaborativa e autônoma. Cabe às escolas decidir se vão acompanhá-los nessa jornada ou se continuarão a perder relevância diante de um mundo em constante transformação”, conclui Maria Cláudia Amaro. 

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