Julio Shimamoto - O Samurai do Traço (formato
21 x 28 cm, 164 páginas, R$ 49,99), escrito pelo jornalista e pesquisador Dario
Chaves, é a primeira biografia do artista e registra, com riqueza de detalhes e
imagens, essas mais de oito décadas deste autor dos quadrinhos. O título é um
lançamento da Editora Criativo e do selo GRRR!,
e já está à venda.
Com 82 anos de vida e
60 de carreira, Shimamoto é um mestre vivo da HQ nacional. Nascido no interior
de São Paulo, filho de imigrantes japoneses descendentes de samurais, Shima
lutou arduamente por um lugar ao sol no dificílimo mercado de quadrinhos brasileiro
e não descansou até vencer essa guerra e sagrar-se mestre em sua arte.
Apaixonado por
quadrinhos desde criança, iniciou sua carreira no ramo em 1959, na
editora Continental/outubro, sob incentivo dos donos Jayme Cortez e
Miguel Penteado, que, além de editores, eram artistas virtuosos e respeitados.
Naquele mesmo ano,
Shima publicou Os Fantasmas do Rincão Maldito, o primeiro quadrinho
sobre samurais produzido no Brasil. Nesse período inicial de sua carreira,
desenvolveu rapidamente seu talento e produziu centenas de páginas de HQs de
todos os gêneros, do terror ao infantil, passando por super-heróis populares da
época, como o Capitão 7.
Depois de vários
anos, já consagrado como ilustrador, decidiu parar com os quadrinhos e migrar
para a publicidade. Consagrou-se também nessa nova atividade, recebendo vários
prêmios do ramo.
No final dos anos
1970, voltou para a grande paixão de sua vida: os quadrinhos. Iniciou então,
uma nova fase, produzindo para editoras como Noblet, Vecchi, Bloch, D-Arte, Best, Nova Sampa e
outras.
Ao longo das últimas
décadas passou a pesquisar e desenvolver técnicas inéditas de ilustração, como
desenhar sobre bexigas de látex esticadas e azulejos enegrecidos pela chama de
velas, além de realizar esculturas de sucatas de metal.
A partir dos anos 90
passou a publicar e republicar suas obras em álbuns de luxo. Nesse período
também recebeu diversos prêmios como Angelo Agostini, HQ Mix e Bigorna,
que sedimentaram definitivamente seu nome como um dos mais importantes e
criativos quadrinhistas brasileiros. Aos 82 anos, Shima esbanja vitalidade e
nem pensa em parar de desenhar.
Fonte: http://universohq.com/
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