sexta-feira, 21 de junho de 2019

Entrevista com Moacir Torres



1- Quem é Moacir Torres?
Nasci em Agudos (SP) em 1957 e resido em Indaiatuba (SP) desde 1993. Sou Cartunista, Escritor e Ilustrador.

2- Quando surgiu seu interesse pelo desenho e em se tornar ilustrador e cartunista?
Tinha uns 9 anos quando no caminho de volta da escola encontrei algumas revistas numa lixeira e fui ver, achei uma revista “Gibi” daquela época. 
Adorei as HQs de grandes artistas e personagens como Pererê (Ziraldo) Reco-Reco, Bolão e Azeitona (Luiz Sá) e Flash Gordon (Alex Raymond) e passei a estudar os desenhos e tomei gosto pela arte das HQs e Ilustrações.

3- Nos fale um pouco sobre seus projetos.
Em 1975 criei a Turma do Gabi que é a marca que trabalhamos até hoje, com milhares de edições de Livros, HQs, Animações e revistas de Atividades que circularam e ainda circulam no Brasil e Europa.
Também trabalhamos com o Herói Amazônico Papo Amarelo, que já tem duas revistas publicadas e ainda este ano lançaremos a 3ª Edição. O herói já participou de dezenas de encontros com outros personagens. Este ano estremos lançando a Grafhic Novel “A revolta das Árvores” da Turma do Gabi.

4- Quais trabalhos você já realizou nessa área?
Comecei como desenhista na TV Cultura em 1974. Fundei em 1978 com Cláudio Feldman, no ABC Paulista, a Editora Taturana. Que publicou dezenas de Livros e revistas de hQs.
Trabalhei como arte-finalista para a Ed. Abril e ilustrei o suplemento “Diário Criança”, do jornal Diário Popular (São Paulo) por dez anos, “Jornalzinho” Jornal República de Itu, Suplemento Infantil do Jornal de Piracicaba e “Jornalzinho” Jornal Região (São José do Rio Preto).

5- Percebemos que você faz divulgação dos trabalhos de outros artistas, o que lhe motiva?
Sempre trabalhei com Cultura e conheço bem diversas áreas e daí a minha cooperação na divulgação dos eventos e trabalhos desses artistas, que assim como eu somos marginalizados pelos governantes do nosso país. 
Acredito que só a união de todas as atividades artísticas irá mudar o panorama caótico.

6- Como você vê o mercado de quadrinhos no Brasil?
Vejo em expansão, artistas independentes dos quadrinhos estão mobilizados em prol de um bem comum que é a valorização das HQs no Brasil. Os eventos se multiplicando por todo o país mostra a força dos quadrinhistas.
Eles estão produzindo centenas de publicações do gênero. Isso é muito bom pois as produções chegam em diversas cidades e estados.

7- Na sua opinião quais são os maiores desafios encontrados por aqueles que querem ingressar nesse mercado de trabalho?
Os desafios sempre existiram e não é por isso que os artistas das HQs devem desistir.
Muitos dizem que não tem mercado, mas eu digo que existe sim, senão não eram lançadas tantas publicações a cada dia!

8- Como foi pra você começar trabalhando como office-boy para a Tv Cultura e depois se ver no Setor de Artes?
Na minha opinião artistas natos e autodidatas possuem um dom, e começar como office-boy foi uma oportunidade para ficar próximos aos profissionais que lá trabalhavam e me ensinaram um pouco da arte daí ir para o setor foi a consequência. 
Trabalhei mais dois anos como desenhista na emissora.

9- O que mudou na sua vida depois disso?
Depois da TV Cultura trabalhei em Jornais, Agências de Propaganda e Fábricas de Brinquedos onde adquiri muito mais conhecimento na área das Ilustrações e quadrinhos.

10- Você possui uma trajetória muito enriquecedora no campo das artes, com trabalhos marcantes, qual o significado disso tudo para você?
Acho que quando amamos o que fazemos, e trabalhamos com profissionalismo e humildade, os nossos objetivos são alcançados mais fácil.

Por: Bruna Guerol  
Fonte: Jornal Geração X - https://xgeracao2.wixsite.com

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