1-
Quem é Moacir Torres?
Nasci
em Agudos (SP) em 1957 e resido em Indaiatuba (SP) desde 1993. Sou Cartunista,
Escritor e Ilustrador.
2-
Quando surgiu seu interesse pelo desenho e em se tornar ilustrador e
cartunista?
Tinha
uns 9 anos quando no caminho de volta da escola encontrei algumas revistas numa
lixeira e fui ver, achei uma revista “Gibi” daquela época.
Adorei as HQs de
grandes artistas e personagens como Pererê (Ziraldo) Reco-Reco, Bolão e
Azeitona (Luiz Sá) e Flash Gordon (Alex Raymond) e passei a estudar os desenhos
e tomei gosto pela arte das HQs e Ilustrações.
3-
Nos fale um pouco sobre seus projetos.
Em
1975 criei a Turma do Gabi que é a marca que trabalhamos até hoje, com milhares
de edições de Livros, HQs, Animações e revistas de Atividades que circularam e
ainda circulam no Brasil e Europa.
Também
trabalhamos com o Herói Amazônico Papo Amarelo, que já tem duas revistas
publicadas e ainda este ano lançaremos a 3ª Edição. O herói já participou de
dezenas de encontros com outros personagens. Este
ano estremos lançando a Grafhic Novel “A revolta das Árvores” da Turma do Gabi.
4-
Quais trabalhos você já realizou nessa área?
Comecei
como desenhista na TV Cultura em 1974. Fundei em 1978 com Cláudio Feldman, no
ABC Paulista, a Editora Taturana. Que publicou dezenas de Livros e revistas de
hQs.
Trabalhei
como arte-finalista para a Ed. Abril e ilustrei o suplemento “Diário Criança”,
do jornal Diário Popular (São Paulo) por dez anos, “Jornalzinho” Jornal
República de Itu, Suplemento Infantil do Jornal de Piracicaba e “Jornalzinho”
Jornal Região (São José do Rio Preto).
5-
Percebemos que você faz divulgação dos trabalhos de outros artistas, o que lhe
motiva?
Sempre
trabalhei com Cultura e conheço bem diversas áreas e daí a minha cooperação na
divulgação dos eventos e trabalhos desses artistas, que assim como eu somos
marginalizados pelos governantes do nosso país.
Acredito que só a união de
todas as atividades artísticas irá mudar o panorama caótico.
6-
Como você vê o mercado de quadrinhos no Brasil?
Vejo
em expansão, artistas independentes dos quadrinhos estão mobilizados em prol de
um bem comum que é a valorização das HQs no Brasil. Os eventos se multiplicando
por todo o país mostra a força dos quadrinhistas.
Eles
estão produzindo centenas de publicações do gênero. Isso é muito bom pois as
produções chegam em diversas cidades e estados.
7-
Na sua opinião quais são os maiores desafios encontrados por aqueles que querem
ingressar nesse mercado de trabalho?
Os
desafios sempre existiram e não é por isso que os artistas das HQs devem
desistir.
Muitos
dizem que não tem mercado, mas eu digo que existe sim, senão não eram lançadas
tantas publicações a cada dia!
8-
Como foi pra você começar trabalhando como office-boy para a Tv Cultura e
depois se ver no Setor de Artes?
Na
minha opinião artistas natos e autodidatas possuem um dom, e começar como
office-boy foi uma oportunidade para ficar próximos aos profissionais que lá
trabalhavam e me ensinaram um pouco da arte daí ir para o setor foi a
consequência.
Trabalhei mais dois anos como desenhista na emissora.
9-
O que mudou na sua vida depois disso?
Depois
da TV Cultura trabalhei em Jornais, Agências de Propaganda e Fábricas de
Brinquedos onde adquiri muito mais conhecimento na área das Ilustrações e
quadrinhos.
10-
Você possui uma trajetória muito enriquecedora no campo das artes, com
trabalhos marcantes, qual o significado disso tudo para você?
Acho
que quando amamos o que fazemos, e trabalhamos com profissionalismo e
humildade, os nossos objetivos são alcançados mais fácil.
Por:
Bruna Guerol
Fonte: Jornal Geração X - https://xgeracao2.wixsite.com
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