Desde
criança, o pernambucano Odoberto Lino sempre
alimentou o sonho de ser quadrinista. No entanto, como sétimo filho de uma casa
humilde, precisava primeiro pensar em alimentar a própria família. “Tive que
pausar meu sonho por muitos anos até me estabilizar financeiramente. Então foi
a hora de correr atrás”. Hoje, aos 33 anos – três dos quais já quadrinista
independente – os sonhos são outros. Pretende ultrapassar o espaço da internet
e publicar Folclorianos, sua principal obra, em um encadernado de lombada
quadrada até o fim de 2016.
Folclorianos
é um mangá, escrito e desenhado pelo pernambucano e publicada em abril de 2015.
A história mistura humor e ação, com um clima interiorano delicioso e a
presença de diversos mitos brasileiros. A história
começa quando o saci rouba as roupas de
João, um menino da roça que fazia de tudo para conseguir arrastar Margarida
para o seu banho de rio. O menino acaba sendo escorraçado pelo Coroné, pai da
mocinha, e se perde no meio do mato. Cabe ao saci e seu amigo curupira
encontrarem o “moleque orelhudo” para evitar que uma brincadeira acabe pior do
que deveria.
Nessa
entrevista exclusiva ao Colecionador de Sacis, Odoberto explora a relação entre
brasilidade e folclore; defende que nossa cultura popular sirva como
inspiração, não como camisa de força para os artista e conta sobre seus futuros
projetos. Incluindo as histórias de Luis, o Filho do Padre – que herdou os
poderes de uma mula-sem-cabeça, e pincela o que esperar de Bambulândia – a
terra dos sacis.
“A
origem do saci que mais me chamou a atenção é a que Deus tirou sua perna para
fazer a saci-mulher. Bem bíblico, né? O saci em Folcorianos tem essa origem.
Ele não é desse mundo, mas de um universo paralelo ao nosso que tem como porta
dimensional os bambuzais”. Veja o texto completo AQUI.
EMT - Divulgação
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