A utilização do fanzine como instrumento
pedagógico, cada vez mais frequente, tem sido o desdobramento natural desse
fantástico meio de comunicação. De publicação de fãs, em
sua origem, o fanzine alcança muito mais que a função de passatempo e troca de
informações, atinge sobretudo a liberdade de expressão, favorecendo o
protagonismo de seus editores.
Embora os fanzines existam desde a década
de 1920, nos Estados Unidos, sua disseminação pelo mundo se deu de modo
gradual. No Brasil, sua origem assemelha-se a uma geração espontânea, já que
não se tinha referências sobre essas publicações espalhadas pelo mundo.
Edson Rontani, em 1965 em
Piracicaba, estado de São Paulo, foi o responsável pela proeza de dar origem
aos nossos fanzines, ao lançar o boletim Ficção, voltado à
divulgação e análise das histórias em quadrinhos. Isso não foi pouco,
levando-se em conta a desinformação sobre esse tipo de publicação, o
preconceito contra os quadrinhos e a precariedade dos processos de reprodução.
Ao fazer 50 anos da criação do fanzine Ficção, Edson
Rontani recebe o tributo de Gonçalo Júnior,autor da obra,
nesse perfil que redimensiona o lado humano e criativo do autor. Quadrinhista,
pintor, publicitário, Edson foi muito mais que um editor de fanzine, mas com a
criação dessas pequenas publicações artesanais ele mostrou que não precisa de
muito para se inserir na história sem restringir-se a mero espectador.
O inventor do fanzine: um perfil de
Edson Rontani, é um lançamento da Marca de Fantasia, tem 112 páginas,
formato 13x20cm e custa atualmente R$ 25,00 (vinte e cinco
reais) a obra também pode ser solicitada pelo e-mail marcadefantasia@gmail.com ou
diretamente no site da editora pelo link www.marcadefantasia.com.
Fonte: Zine Brasil. EMT - Divulgação.
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