Arte BH será realizada de 23 a 26 de
maio, no Minascentro. Previsão é de que 30 galerias participem da iniciativa
Minas terá sua feira especializada em
artes visuais. A Arte BH está marcada para 23 a 26 de maio, no Minascentro.
“Vamos reunir o melhor da produção brasileira”, afirma Nilso Farias, da Stand
Marketing Cultural, responsável pelo evento. Prevê-se a participação de 30
galerias, nove delas da capital: Celma Albuquerque, Minas Contemporânea, Ângela
Martins, Manoel Macedo, Murilo de Castro, Lemos de Sá, Dotart, Quadrum e
Orlando Lemos.
Marco Túlio Resende diz que feiras de
arte formam público, mas não o educam
“BH precisa entrar no circuito brasileiro
de grandes eventos dedicados às artes visuais, concentrados no Rio de Janeiro e
São Paulo”, argumenta Nilso Farias. A feira deve custar “até R$ 5 milhões”, diz
ele, planejando atrair cinco mil visitantes por dia para apreciar obras de arte
moderna e contemporânea. “Se chegar perto disso, já estou feliz”, avisa.
A estratégia é dobrar o número de
participantes em 2016, e, no ano seguinte, contar com galeristas
internacionais. Nilso dedicou 50 de seus 72 anos à promoção de eventos nas
áreas de artesanato, moda, informática e alimentação.
De acordo com ele, um fator favorável à
Arte BH é a expansão do mercado imobiliário de alto padrão formado por um
público com alto poder aquisitivo, mas ainda distante das galerias. “A feira
vai criar público para elas”, aposta Nilso, lembrando que Inhotim atraiu
colecionadores do Brasil e do exterior para BH.SUPERMERCADO “Feiras de arte não
são algo que adoro, mas esse é um caminho sem volta em todo o mundo. Então, que
Belo Horizonte faça a dela”, afirma o artista plástico Marco Túlio Resende. De
um lado, explica, eventos do gênero deixam a sensação de supermercado, que
oferece de tudo para todos os gostos. “A ênfase está mais no aspecto
quantitativo que no qualitativo”, observa. Por outro lado, Resende admite:
feiras popularizam obras, embora não eduquem para a arte. “Como os excessos
serão filtrados com o tempo, é melhor termos uma feira em BH”, conclui.
Para o colecionador mineiro Delcir Costa,
a Arte BH pode ter impacto no setor de aquisição. “Sem a vender obras, não há
como o artista continuar o seu trabalho. Feira mexe muito com o desejo de
compra”, diz. Ângela Martins, da AM Galeria, espera que se amplie o circuito da
capital, ajudando a formar público. “Será a oportunidade de reunir uma
diversidade enorme de artistas em local fantástico, com boa estrutura. É vendo
que se aprende sobre arte”, garante. Com informações do site Divirta-se. Fonte: ZineBrasil. EMT Divulgação
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