O
grande destaque do sexto número de Romance em Quadrinhos recém-lançado
pela cooperativa Júpiter II é mais uma
vez o traço do ilustrador carioca Adauto Silva, brilhando nessa revista que é
uma das favoritas do público da Júpiter II. Foi uma de nossas jovens leitoras,
a propósito, quem fez brotar a idéia de lançar um título como Romance em
Quadrinhos. Aconteceu num certo evento ‘Dia Do Gibi Grátis’, ela já havia
comparecido a um deles, e me perguntou se eu tinha algum ‘gibi de romance’. Eu
disse que não mas ofereci o primeiro número de O Bom & Velho
Faroeste (janeiro de 2008 – produzido pela mesmíssima dupla desta
edição de Romance), pois antes desse evento uma vizinha que havia lido a
edição de estreia do faroeste chegou a comentar: “adorei, é história de faroeste
mas é bem romântica, né?”. Sem o saber, essa querida vizinha acabava de
estremecer meus conceitos: eu até então pensava que, por conhecer nada da alma
feminina, eu jamais conseguiria escrever qualquer HQ romântica. Mas eu sou um
admirador de filmes antigos românticos (influência de minha saudosa mãe) e
mesmo em meus tempos mais trevosos, essa admiração persistiu e persiste cada
vez mais forte, diante do que é feito nos cinemas atualmente. Mas enfim, aquela
minha vizinha (hoje uma ex-vizinha, mas ainda uma boa amiga) acabou me
convencendo de que eu poderia mesmo escrever histórias românticas. E eis nesse
meio tempo ainda vieram parar em minhas mãos muitas edições das revistas da
Ebal dos anos 50 O Idílio e Rosalinda, mostrando
astros hollywoodianos na capa e reproduzindo HQs românticas lançadas nos EUA
pela National /DC. Isso meu ajudou muito
não para simplesmente copiar aquelas histórias, mas certamente encheu de
entusiasmo e inspiração para que em dezembro de 2001 estreasse a coleção de Romance
em Quadrinhos, primeira edição também produzida pelos autores desta sexta
edição que agora está sendo lançada. A HQ intitulada objetivamente ‘Fidelidade’
pois é este o tema central da HQ, esse ‘bicho-papão’ que atormenta tantos
cônjuges. E os personagens principais, ao contrário do que foi visto nos
números anteriores, já não são mais tão jovens, mas adultos chegando na
meia-idade. Texto: José Salles.
EMT Divulgação
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