A casa de Hilda Hilst virou palco de teatro. Fotos: Rodolfo Formigari
Se fosse viva, a escritora Hilda Hilst
completaria 83 anos no domingo 21. Paulista de Jaú, a poetiza, morta em
fevereiro de 2004, morou a maior parte de sua vida na Casa do Sol, hoje sede do
Instituto Hilda Hilst, entre Campinas e Jaguariúna, a 130 km de São Paulo. Pois
na data em que faria aniversário, cerca de 100 pessoas viram o local se
transformar em palco, literalmente, de seu primeiro teatro com a apresentação
fechada da peça “Jozú, o Encantador de Ratos”. O espetáculo é um projeto da
atriz Carla Tausz e do escritor José Luiz Mora Fuentes, que foi grande amigo da
escritora e fundador do Instituto.
O público presente foi convidado a entrar
no novo teatro que já tinha cor e cheiro: de terra, de mato, de velas, de luz e
de sombra. Os cães que vivem na Casa do Sol, muitos desde os tempos de Hilda
Hilst, completavam a plateia.
A iluminação era artificial, mas a
penumbra, natural. Quando os refletores se apagavam, a luz da lua iluminava o
palco. Carla Tausz contou com uma sonoplastia privilegiada: ao fundo, cachorros
uivaram de um lugar distante. O vento, que balançava as árvores, também
apareceu.
No local, contou o amigo e administrador
do Instituto, Jurandy Valença, a escritora chegou a fazer algumas experiências
para se comunicar com o outro lado da vida. Tentava falar com os mortos através
das ondas do rádio. Há gravações, arquivadas no Instituto, que comprovam que,
em ao menos uma dessas experimentações, alguém respondeu “sim” à pergunta: “Tem
alguém aí?”. Fonte e Texto: http://www.cartacapital.com.br.
EMT - Divulgação
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