quarta-feira, 24 de abril de 2013

Casa de Hilda Hilst vira palco de teatro no interior de SP

A casa de Hilda Hilst virou palco de teatro. Fotos: Rodolfo Formigari

Se fosse viva, a escritora Hilda Hilst completaria 83 anos no domingo 21. Paulista de Jaú, a poetiza, morta em fevereiro de 2004, morou a maior parte de sua vida na Casa do Sol, hoje sede do Instituto Hilda Hilst, entre Campinas e Jaguariúna, a 130 km de São Paulo. Pois na data em que faria aniversário, cerca de 100 pessoas viram o local se transformar em palco, literalmente, de seu primeiro teatro com a apresentação fechada da peça “Jozú, o Encantador de Ratos”. O espetáculo é um projeto da atriz Carla Tausz e do escritor José Luiz Mora Fuentes, que foi grande amigo da escritora e fundador do Instituto.
O público presente foi convidado a entrar no novo teatro que já tinha cor e cheiro: de terra, de mato, de velas, de luz e de sombra. Os cães que vivem na Casa do Sol, muitos desde os tempos de Hilda Hilst, completavam a plateia.
A iluminação era artificial, mas a penumbra, natural. Quando os refletores se apagavam, a luz da lua iluminava o palco. Carla Tausz contou com uma sonoplastia privilegiada: ao fundo, cachorros uivaram de um lugar distante. O vento, que balançava as árvores, também apareceu.
No local, contou o amigo e administrador do Instituto, Jurandy Valença, a escritora chegou a fazer algumas experiências para se comunicar com o outro lado da vida. Tentava falar com os mortos através das ondas do rádio. Há gravações, arquivadas no Instituto, que comprovam que, em ao menos uma dessas experimentações, alguém respondeu “sim” à pergunta: “Tem alguém aí?”. Fonte e Texto: http://www.cartacapital.com.br. EMT - Divulgação

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