
A Casa Encantada de Lenilde Freitas é plena da poesia que nasce da fonte. As palavras se juntam, brincam entre si, para dar sentido à infância e aos primeiros anos da juventude. É nessa idade que as coisas carregam sentido, mistérios e descobertas.
Somente uma poeta verdadeira é capaz de unir os sons aos significados múltiplos das palavras. No jogo destas, o significado íntimo vem à tona. Daí tanta luz, tanto mar, portos e viagens. Como quer a autora de A Casa Encantada, é preciso também ler nas entrelinhas.
Repare o leitor como os versos costumam rimar. Muitas vezes as rimas são raras e caras, ajudam na eufonia dos poemas e embalam os ouvidos na captação dos sentidos profundos. Tornam sonora a casa encantada, cheia de luz, sombras e espantos dos primeiros anos da vida.
Os poemas, às vezes, escondem um segredo. Cumpre ao leitor, que se identificou com o seu lado oculto, trazê-lo da sombra à luz do sol, à claridade. A isso muitos denominam interpretação. Cada leitor, sozinho, ou ajudado, deve tentar dizer como teve a apreensão do texto poético. Nem sempre as tentativas coincidem. Esta é a maravilha da poesia. Cada um mata a sede na mesma fonte. Mas os vasos são diferentes. Com Lenilde Freitas a nascente da poesia é inesgotável.
Maiores informações: www.asabeca.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário