2008 - “UM ANO DE BAIXA PARA O QUADRINHO BRASILEIRO”
O ano de 2008 foi para muitas empresas do meio editorial, um ano de baixas.
O ano de 2008 foi para muitas empresas do meio editorial, um ano de baixas.
Com a compra da Distribuidora de revistas Chinaglia pela Dinap, o mercado teve um colapso, dezenas de revistas foram tiradas de circulação, as revistas de história em quadrinhos nacionais que já eram poucas no mercado, perderam quase tudo, ficando só as do Mauricio, que abarrotam as bancas, vendem muito pouco e espalham aos quatros cantos que vendem milhões de exemplares.
As revistas que sobra o grupo doa pra entidades para fazer uma média ou vendem a preços mais baratos para distribuidoras pequenas que trabalham com encalhes.
Muitas editoras trabalharam o ano mais no vermelho do que no azul, muitas por incompetência ou por trabalharem deslealmente, outras por ficaram a mercê de um monopólio da distribuição.
Muitos desenhistas talentosos trabalharam tão pouco que só deu para poder comer (ainda bem), outros resolveram arriscar lançando suas próprias criações.
Surgiram muitas editoras independentes, muitas delas vêm colhendo bons frutos, mas cai no mesmo problema que as grandes enfrentam a “distribuição”.
Os independentes tentam vender suas revistas (muitas delas tão boas ou melhores do que aquelas que vêm de fora), através da internet ou em alguns pontos especializados (comix shop), mas também mal ganham pra pagar a impressão das mesmas.
2008 também foi um ano de muitas perdas, vários quadrinhistas de nome desencarnaram e foram juntar-se aos outros no outro plano.
Ainda bem que o ano de 2009 está aí, quem sabe às coisas mudam, a crise mundial acabe e nós, humildes artistas do traço, poderemos respirar aliviados e poder trabalhar pra conseguir não só “o pão nosso de cada dia”, mas a margarina também.
O brasileiro já é otimista por natureza, o desenhista é ainda mais, sempre acha que o ano que entra será sempre melhor, que irá fazer muito sucesso com suas criações.
E eu, como bom brasileiro e desenhista que sou creio que 2009 será melhor que 2008
As revistas que sobra o grupo doa pra entidades para fazer uma média ou vendem a preços mais baratos para distribuidoras pequenas que trabalham com encalhes.
Muitas editoras trabalharam o ano mais no vermelho do que no azul, muitas por incompetência ou por trabalharem deslealmente, outras por ficaram a mercê de um monopólio da distribuição.
Muitos desenhistas talentosos trabalharam tão pouco que só deu para poder comer (ainda bem), outros resolveram arriscar lançando suas próprias criações.
Surgiram muitas editoras independentes, muitas delas vêm colhendo bons frutos, mas cai no mesmo problema que as grandes enfrentam a “distribuição”.
Os independentes tentam vender suas revistas (muitas delas tão boas ou melhores do que aquelas que vêm de fora), através da internet ou em alguns pontos especializados (comix shop), mas também mal ganham pra pagar a impressão das mesmas.
2008 também foi um ano de muitas perdas, vários quadrinhistas de nome desencarnaram e foram juntar-se aos outros no outro plano.
Ainda bem que o ano de 2009 está aí, quem sabe às coisas mudam, a crise mundial acabe e nós, humildes artistas do traço, poderemos respirar aliviados e poder trabalhar pra conseguir não só “o pão nosso de cada dia”, mas a margarina também.
O brasileiro já é otimista por natureza, o desenhista é ainda mais, sempre acha que o ano que entra será sempre melhor, que irá fazer muito sucesso com suas criações.
E eu, como bom brasileiro e desenhista que sou creio que 2009 será melhor que 2008
(tem que ser).
Autor: Moacir Torres
Autor: Moacir Torres
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