sábado, 18 de outubro de 2025

Mostra exibe Queen Kelly e promove debate sobre a restauração do filme com o arquivista norte-americano Dennis Doros

 

Outros nove títulos restaurados, entre nacionais e estrangeiros, integram a seleção desta 49ª edição do festival, que dedica parte da programação à memória e à preservação do cinema


 

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Sempre atenta às discussões sobre memória e preservação do cinema, a Mostra dedica parte da programação a obras restauradas, títulos raros, novas cópias de clássicos e filmes "perdidos" a serem redescobertos.

Um desses casos é Queen Kelly (1929), cuja reconstrução chega à 49ª Mostra após estrear no Festival de Veneza. O arquivista Dennis Doros, responsável pela reconstituição, está no festival e participa de uma mesa sobre o processo do restauro neste domingo (19), depois da exibição da produção, que será apresentada às 20h45, na Sala Grande Otelo da Cinemateca Brasileira. A participação no debate está vinculada ao ingresso para a sessão.
 

Filme mítico, e com diferentes versões após uma conturbada produção, o título dirigido por Erich von Stroheim, estrelado por Gloria Swanson, sofreu com os cortes do estúdio e a intervenção da própria Swanson, em um momento de transição para o cinema falado, transformando Queen Kelly em um fragmento que entraria para a história de Hollywood. Doros conta que o resultado dessa versão de é uma "reimaginação" da concepção original de Stroheim. A reconstrução se baseia na descoberta de materiais, na recuperação de originais em nitrato e ferramentas digitais utilizadas em restaurações.
 

49ª Mostra exibe também uma cópia maior do indiano Sholay (1975), de Ramesh Sippy, que completa 50 anos; o português Aniki-Bóbó (1942), de Manoel de Oliveira; e o argelino Crônica dos Anos de Fogo (1975), de Mohammed Lakhdar-Hamina, que faleceu em maio de 2025 — pelo filme que estreou há cinco décadas, ele foi o primeiro cineasta árabe-africano a receber a Palma de Ouro do Festival de Cannes.
 

O japonês Chuva Negra (1989), de Shohei Imamura, que faz parte da efeméride dos 80 anos das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, integra a programação com uma nova cópia. Em memória ao evento trágico, a Mostra vai passar ainda Alma Errante – Hibakusha (2025). Uma sessão dupla ocorre no Sato Cinema neste domingo (19), às 19h. A exibição será seguida de uma apresentação da música Rosa de Hiroshima (baseada no poema de 1946 do escritor Vinicius de Moraes), interpretada por Mariana de Moraes, filha de Vinicius, e por Gerson Conrad, do Secos & Molhados, grupo que eternizou a canção.
 

Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes, que comemora 21 anos da primeira exibição do filme na Mostra, onde recebeu os prêmios do júri, de melhor ator, para João Miguel, e da crítica de melhor filme brasileiro, terá a sua versão restaurada exibida.
 

O cinema brasileiro também está representado com as restaurações de Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio (2002), de Rosemberg Cariry, Tônica Dominante (2001), de Lina Chamie, e Um Céu de Estrelas (1995), de Tata Amaral, que completa três décadas.

Além disso, a nova cópia digital de Garota de Ipanema (1967), de Leon Hirszman, confeccionada pelo laboratório de imagem e som da Cinemateca Brasileira, também faz parte do programa.


 

PATROCINADORES DA 49ª MOSTRA

Neste ano, a Mostra conta com o patrocínio master da PETROBRAS, patrocínio do ITAÚ e da SPCINE, a parceria do SESC, a colaboração da ANCINE, da EMBRATUR, da NETFLIX e do INSTITUTO GUIMARÃES ROSA e BRITISH COUNCIL, o apoio do PROJETO PARADISO, a promoção da GLOBOFILMES, do CANAL BRASIL, da FOLHA DE S.PAULO, da TV CULTURA, da ARTE 1, da RÁDIO BAND NEWS e da REVISTA PIAUÍ, o apoio técnico da QUANTA, do CULTURA ARTÍSTICA e da CINEMATECA BRASILEIRA, o transporte oficial do METRÔ e da SECRETARIA DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS do Governo do Estado de São Paulo. Realização: MINISTÉRIO DA CULTURA e GOVERNO FEDERAL, através da LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA. 

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Projeto EcoBrinque, patrocinado pela Avery Dennison, realiza oficinas de criação para alunos de Vinhedo

 

Estudantes de escolas públicas participam de oficinas gratuitas para montar um simpático robozinho feito com caixinha de leite longa vida, tampinhas plásticas e botões; proposta é estimular criatividade, consciência ambiental e, claro, garantir muita diversão

Vinhedo, 16 de outubro de 2025 – No Mês da Criança, a EcoBrinque, em parceria com a Avery Dennison, lança em duas escolas públicas de Vinhedo o projeto EcoBrinque: Diversão Sustentável. A iniciativa promove oficinas criativas de sustentabilidade para alunos do ensino fundamental do município e, nesta edição, os estudantes vão montar um robô utilizando caixinhas de leite longa vida e outros materiais reaproveitáveis. A atividade acontece nos dias 23 e 24 de outubro no Centro Integrado de Cidadania (CIC) Eduardo Von Zuben e na Escola Municipal Dr. Abrahão Aun, respectivamente.

Na prática, as crianças vão criar brinquedos personalizados com materiais trazidos de casa. Para isso, cada escola recebeu, cerca de um mês antes, uma lixeira do projeto para que os alunos arrecadassem objetos recicláveis, como tampinhas, botões, canudinhos, palitos de sorvete e canetas usadas. Esses materiais ganharão vida nova como matéria-prima para brincadeiras cheias de significado, estimulando a imaginação, o trabalho em equipe e a valorização do reaproveitamento.

Segundo Ricardo Girotto, diretor de Criação do EcoBrinque: Diversão Sustentável, o projeto é essencial para a formação de crianças mais conscientes e criativas, unindo sustentabilidade, arte e inovação: “Queremos ampliar a experiência educativa e mostrar que reciclar também pode ser uma ação contemporânea e prazerosa. Nosso objetivo é inspirar alunos e familiares a construírem um futuro mais responsável e equilibrado.”

Anderson Horácio, também diretor de Criação do projeto, complementa: “Com o EcoBrinque demonstramos que a reciclagem vai além da prática ambiental: ela pode ser inovadora, transformadora e capaz de mobilizar toda a comunidade em que as escolas estão inseridas.”

A iniciativa é viabilizada por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac 249622), do Ministério da Cultura, com patrocínio da Avery Dennison. A produção é da AH7 Gestão Cultural, em parceria com a C7 Arte e Cultura e a Full House Produções Culturais.

Agenda de atividades

23 de outubro – 10h e 13h
Escola Municipal Centro Integrado de Cidadania (CIC) Eduardo Von Zuben
Rua Júnior França de Paula, 12 – Altos do Morumbi, Vinhedo (SP)

24 de outubro – 8h e 13h
Escola Municipal Dr. Abrahão Aun
Rua Antônio Vendramine, 349 – Nova Vinhedo, Vinhedo (SP)

 

Sobre a Avery Dennison: A Avery Dennison Corporation (NYSE: AVY) é uma empresa global de ciência de materiais e soluções de identificação digital. Através da tagline, Making Possible™️, desenvolvemos produtos e soluções que impulsionam os setores em que atuamos, oferecendo soluções de branding e informação que otimizam a eficiência da mão de obra e da cadeia de suprimentos, reduzem os desperdícios e promovem a sustentabilidade, circularidade e transparência, e criam uma melhor conexão entre marcas e consumidores.

Projetamos e desenvolvemos materiais para rótulos e aplicações funcionais, inlays, tags de identificação por radiofrequência (RFID), softwares que conectam o físico ao digital e soluções que aprimoram embalagens de marca e exibem informações que aprimoram a experiência do cliente. Atendemos diversos setores em todo o mundo, incluindo cuidados pessoais e domésticos, vestuário, varejo, e-commerce, logística, alimentos, supermercados, farmacêutico e automotivo. Contamos com aproximadamente 35.000 funcionários em mais de 50 países. Em 2024, nossas vendas reportadas foram de US$ 8,8 bilhões.

Saiba mais em www.averydennison.com.

 

Sobre a AH7 Gestão Cultural: A AH7 Gestão Cultural atua para democratizar o acesso à arte e cultura para cocriar o futuro desejável para todos. Nascida em 2014, a AH7 tem a responsabilidade de gerir aquilo que é subjetivo, impalpável e simbólico de forma objetiva e organizada, sem riscos de interferência no processo criativo, sintonizando ideias e potencializando os resultados das ações pleiteadas.

 

Sobre a C7 Arte e Cultura: A C7 Arte e Cultura é uma empresa dedicada ao desenvolvimento de projetos culturais que promovem a educação, a inclusão e o impacto social. Com atuação alinhada às leis de incentivo e às políticas públicas de cultura, buscamos ampliar o acesso a experiências artísticas de qualidade, sempre com responsabilidade e sensibilidade.

Unimos criatividade, gestão eficiente e olhar atento às demandas sociais para realizar ações em escolas, espaços públicos e empresas, alcançando públicos diversos em diferentes territórios. Ao longo de nossa trajetória, colaboramos com marcas expressivas do mercado, construindo pontes entre o universo corporativo e o potencial transformador da arte.

Cultura com propósito é o que nos move!

 

Sobre a Full House Produções Culturais: Fundada em 2020 com o propósito de tornar a cultura acessível a todos, a Full House Produções Culturais tem sido uma fonte de apoio para uma ampla gama de projetos culturais por meio de parcerias estratégicas. Nosso objetivo é promover a cultura de forma inclusiva, utilizando a criatividade como um elemento chave para a expansão do conhecimento e da apreciação cultural. Junte-se a nós nesta jornada rumo a um mundo mais rico em diversidade cultural e inclusão. Seja cultura! Seja inclusivo! Seja Full House!

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Curta! tem duas produções originais na 49ª edição da Mostra Internacional de São Paulo

‘Massa Funkeira’ é um dos destaques do Festival (Crédito:Divulgação)

Canal Curta! participa da 49ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo com duas produções originais na Mostra Brasil. São os documentários “Cadernos Negros”, de Joel Zito Araújo, e “Massa Funkeira”, de Ana Rieper, que foram viabilizados para estreia no canal através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O evento começa nesta quinta, 16, e segue até dia 30, exibindo 380 filmes.
 
As produções do Curta! contribuem para o fortalecimento da cultura e do audiovisual brasileiros. Em “Cadernos Negros”, Joel Zito Araújo refaz a história da série literária batizada em homenagem aos Cadernos de Carolina Maria de Jesus para refletir sobre a presença e a participação da população preta na literatura brasileira e, consequentemente, na sociedade. O filme será exibido no domingo, dia 19, às 21h15, na Reserva Cultural – Sala 2; e na quarta-feira, dia 22, às 16h15, no Espaço Petrobras de Cinema – Sala 3.
 

Já “Massa Funkeira” celebra a batida envolvente do funk para falar, sem preconceitos e tabus, sobre sexo. Com registros de bailes funk e a participação de grandes nomes do cenário, o documentário de Ana Rieper debate como o gênero aborda temas como desejo e prazer. O filme será exibido na terça-feira, dia 21, às 19h, no Cinesesc; e na quinta-feira, dia 23, às 18h10, no Espaço Petrobras de Cinema – Sala 2.

Confira as sessões dos filmes “Cadernos Negros” e “Massa Funkeira”:
“Cadernos Negros”
Domingo, 19 de outubro, às 21h15 - Reserva Cultural - Sala 2
Quarta-feira, dia 22 de outubro, às 16h15 - Espaço Petrobras de Cinema - Sala 3

Massa Funkeira”
Terça-feira, dia 21 de outubro, às 19h - Cinesesc
Quinta-feira, dia 23 de outubro, às 18h10 - Espaço Petrobras de Cinema - Sala 2
 

Sinopses:

“Massa Funkeira” é um documentário sobre sexo a partir do universo do funk, gênero musical de maior potência e popularidade no Brasil. Sem moralismos, o filme revela como, através do corpo, da dança, das letras e vivências de seus artistas, o funk expressa resistência, desejo, prazer e afirmação pessoal. Combinando registros de bailes, corpos em movimento, grandes personagens desse universo, cenas cotidianas e um batidão que quando toca ninguém fica parado, o filme celebra o funk como força vital e cultural da periferia brasileira. Direção: Ana Rieper Duração: 90min Classificação: 16 anos
 

“Cadernos Negros”, nome inspirado nos Cadernos de Carolina Maria de Jesus, conta a história da série literária homônima criada em 1978 por escritores em São Paulo dentro do Movimento Negro Unificado (MNU). A série, que lançou o número 45 em 2024, surgiu em um momento crucial, quando a população negra buscava espaço e representatividade em diversas esferas da sociedade brasileira. O Quilombhoje, grupo responsável pela iniciativa, propõe o debate sobre o apagamento do negro e sua representação distorcida na literatura brasileira. Até hoje, mais de 300 autores negros publicaram em Cadernos Negros. Direção: Joel Zito Araújo Duração: 73min Classificação: Livre

 

Grupo Curta!

• O canal Curta!, linear, está presente nas residências de mais de 5 milhões de assinantes de TV paga e pode ser visto nos canais 556 da Claro tv, 75 da Oi TV e 664 da Vivo Fibra; além de em operadoras associadas à NEO.
 

• O CurtaOn, clube de documentários do Curta!, disponível no Prime Video Channels, na Claro tv+ e no site da plataforma, conta com centenas de filmes e episódios de séries documentais organizadas por temas de interesse sobre cultura e humanidades. Há também pastas especiais com novidades -- que estreiam a cada mês --, conteúdos originais, inéditos e exclusivos, biografias, além de uma degustação para quem ainda não é assinante do serviço. A assinatura tem o valor de R$ 14,90/mês.
 

• O BrasilianaTV é o novo streaming do Curta!. Distribuído gratuitamente para todos os assinantes da Claro tv+ inicialmente sem custo adicional. O serviço oferece uma ampla gama de séries e filmes brasileiros, abrangendo tanto as ficções quanto os documentários, desde os clássicos do nosso cinema até produções mais recentes.
 

• O Porta Curtas, primeiro e maior site de catalogação e exibição de curtas-metragens do Brasil, tem em seu acervo desde clássicos do cinema nacional a obras recentes que se destacaram em festivais. Para ter acesso ao catálogo, basta assinar o plano através do site oficial Porta Curtas no valor de R$ 6,90/mês. Assinantes Claro tv+ têm acesso gratuito a todo o acervo.
 

• O CurtaEducação, plataforma de streaming que une educação e entretenimento para promover ciência e cultura por meio do audiovisual. No site, as obras são classificadas por disciplinas e etapas de ensino, e são acompanhadas por ferramentas pedagógicas e materiais didáticos complementares.

• A Curta! Cine-Distribuidora visa impulsionar a produção nacional de longas-metragens oferecendo apoio estratégico diferenciado a projetos de ficção e documentário para o público adulto.


• O Curta! Humanidades e o Curta! Música & Artes são os canais FAST do Grupo Curta!. Com mais de 70 horas de programação por canal, é uma oportunidade do público assistir gratuitamente a uma seleção especial dos documentários do Canal Curta!. Estão disponíveis no TCL Channel, app presente nas smart TVs da TCL, nos canais 3445 (“Curta! Humanidades”) e 3465 (“Curta Música & Artes”).
 

Para mais informações entre em contato:

João Gabriel Penalva:: joao.penalva@agenciafebre.com.br 21 24 99225-8167
Katia Carneiro:: katia.carneiro@agenciafebre.com.br 21 99978-2881
Ou curta@agenciafebre.com.br 

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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Instituto Sow promove 3ª edição do Diversow e acolherá 600 crianças em situação de vulnerabilidade em Cuiabá

Ação acontecerá no dia 18 de outubro, na escola de futebol Meninos da Vila Santos Academy, com foco no cuidado emocional, combate à insegurança alimentar e celebração do mês das crianças

A infância é um período decisivo do desenvolvimento humano, mas, no Brasil, milhões de crianças crescem marcadas pela fome, abandono e dores emocionais. Em resposta a essa realidade, o Instituto Sow realizará, no dia 18 de outubro, em Cuiabá, a 3ª edição do Diversow, evento que pretende impactar diretamente a vida de 600 crianças em situação de vulnerabilidade social.

Mais que uma festa, o Diversow oferece uma experiência completa: kits personalizados, refeições nutritivas, oficinas lúdicas, contação de histórias, momentos de escuta e acolhimento, além de espaços de brincadeiras em um ambiente seguro e afetivo.

A iniciativa, que integra o calendário anual do Instituto, será realizada em uma das unidades da rede oficial de escolas licenciadas do Santos Futebol Clube — a Meninos da Vila Santos Academy, no bairro Jardim Universitário — reunindo crianças atendidas pelo Sow ao longo do ano em comunidades carentes da capital mato-grossense.

Para a fundadora do Instituto Sow, Sheila Zanchet, o evento é um marco de afeto e dignidade:

“Essas crianças chegam até nós com fome, com vergonha e muitas vezes sem referências de cuidado. Nosso propósito não é apenas entregar um lanche ou um brinquedo. É mostrar que cada uma delas tem valor, que são vistas, amadas e importantes. O Diversow existe para resgatar a infância e plantar sementes que transformam futuros”, afirma.

O trabalho do Instituto não se limita a datas comemorativas: ao longo de todo o ano, o Sow organiza campanhas de apoio às famílias em vulnerabilidade. No início das aulas, distribui materiais escolares; no inverno, roupas e cobertores; na Páscoa, ovos de chocolate; no Natal, brinquedos; e, em diferentes períodos, realiza ações de combate à fome.

Desde 2020, o Instituto Sow já impactou mais de 60 mil pessoas em situação de extrema vulnerabilidade em diferentes estados brasileiros, unindo o enfrentamento da fome ao cuidado emocional. A organização é reconhecida por suas ações de escuta qualificada, fortalecimento de vínculos e entrega afetiva.

Na edição deste ano, cada criança receberá um kit individual com itens de higiene, material escolar e mensagens de valorização, além de participar de oficinas artísticas, rodas de conversa, atividades musicais e momentos de espiritualidade.

Sheila reforça que o objetivo vai além da comemoração:

“O Diversow não é só um evento para o mês das crianças. É um convite para que elas se sintam especiais, respeitadas e amadas. Criança também sofre, sente medo, tristeza e abandono. Quando oferecemos escuta, abraço e cuidado, começamos a curar dores invisíveis. E isso muda destinos”, destaca a fundadora.

Embora conte com empresas parceiras, o grande motor do Instituto Sow é a própria população. São as doações de pessoas físicas — em dinheiro, produtos ou serviços — que viabilizam as ações e permitem que cada campanha chegue a quem mais precisa.

“O Sow é construído por mãos comuns, de gente que doa pouco ou muito, mas que entende que cada contribuição transforma uma vida. Nossas maiores conquistas vêm da soma de cada gesto de solidariedade”, reforça Sheila.

Como apoiar?

Para viabilizar a ação, o Instituto Sow busca o apoio de empresas, organizações e pessoas físicas, seja por meio de doações financeiras, produtos, serviços ou voluntariado no dia do evento.

Pix: (65) 99618-0832 (Instituto SOW)
CNPJ: 36.375.043/0001-07
Site: www.institutosow.com.br

📍 Para saber como ajudar ou conhecer mais sobre o trabalho, acesse o Instagram: @institutosow

Serviço

3ª edição do Diversow – evento do Instituto Sow para crianças em situação de vulnerabilidade, com kits, oficinas, brincadeiras e cuidado emocional.

Quando: 18 de outubro de 2025, das 8h às 16h

Onde: Meninos da Vila Santos Academy, Bairro Jardim Universitário, Cuiabá (MT)

Endereço: Rua Pe Cícero Romão Batista, 17 - Jardim Universitário 

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Exposição de retratos de Drag Queens, do fotógrafo Paulo Vitale, chega a Santos

Exposição dá imagem, voz e visibilidade à arte performática de 30 Drag Queens

O fotógrafo Paulo Vitale, um dos mais requisitados retratistas da atualidade no Brasil, dedicou-se, em 2020, a registrar artistas que brilham na noite paulistana: as Drag Queens. Com curadoria de Eder Chiodetto, a exposição apresenta retratos e depoimentos de 30 drags, que também aparecem vestidas com roupas do dia a dia, criando um paralelismo que tem cativado o público.

A mostra Duo Drag iniciou sua trajetória no Museu da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo e agora chega a Santos, no dia 21 de outubro de 2025 (terça-feira), das 19h às 22h, na Galeria de Arte Patrícia Galvão, na Vila Mathias, após ser contemplada pelo Edital Fomento CultSP PROAC no 26/2024. Ela passa por Campinas, posteriormente.

A seleção reúne nomes que movimentam a cena paulistana desde o fim dos anos 1980, com importante papel político na defesa da liberdade de expressão e da diversidade, além de artistas em início de carreira. As consagradas Silvetty Montilla, Marcia Pantera e Lysa Bombom dividem espaço com expressões da nova geração, como Vera Ronzella e Allyssa. Kaká Di Polly, uma das pioneiras do movimento, falecida em 2023, será a homenageada desta nova montagem, segundo o curador Eder Chiodetto.

“Convidei drag queens de vários nichos – amadoras e profissionais, famosas e anônimas, ícones e iniciantes. Meu intuito foi explorar a magia única de cada caracterização, pois, ao usar o próprio corpo como base, essa manifestação artística é visceral e libertadora”, comenta Vitale.

Além dos retratos, a exposição traz vídeos com depoimentos das artistas, realizados por Vitale. “Descobri que a grande maioria é tímida e reservada e usa a caracterização como uma roupa de super-heroína, um escudo protetor”, conta o fotógrafo. Trechos dessas entrevistas também podem ser acessados no site da mostra: www.paulovitale.com.br/duodrag.

Cada drag queen carrega uma infinidade de histórias: divertidas, de sucesso, de bastidores, de performances acrobáticas sobre o público, figurinos glamourosos ou improvisados com cola quente, além de perucas voadoras. Mas também há relatos de preconceito, discriminação e arte feita à margem. E há sonhos, que se renovam a cada performance ou aparição.

As drag queens tiveram papel decisivo no desenvolvimento cultural e criativo de São Paulo, impulsionando equipes de artistas, cenógrafos, figurinistas, coreógrafos e DJs, que se profissionalizaram nos shows delas.

Num momento em que o Brasil ostenta a triste marca de ser o líder mundial nas estatísticas de violência e homicídios contra a comunidade LGBTQIA+, a exposição é um manifesto em prol da diversidade, da tolerância e do livre arbítrio. Celebrar esses corpos e suas vidas em

museus – espaços legitimadores da cultura e mediadores entre público, linguagens artísticas e saberes – é fundamental para promover uma convivência mais harmoniosa entre diferentes concepções de gênero, desejo e modos de vida.

Sobre o fotógrafo Paulo Vitale
Cursou História na USP e Fotografia no International Center of Photography, em Nova York. Já percorreu mais de 50 países realizando trabalhos editoriais, corporativos e publicitários. Retratou grandes personalidades brasileiras e internacionais, como Nelson Mandela, Oscar Niemeyer, Bill Clinton, Mark Zuckerberg e Pelé. Recebeu 15 prêmios Abril e tem mais de 100 capas publicadas em revistas como Marie Claire, Vip, Alfa, Veja, Época, Men’s Health e GQ. Entre suas exposições – muitas transformadas em livros – estão Chefs, Cartunistas, Breaking e a inédita Tradições em Retratos. https://www.paulovitale.com.br/

Sobre o curador Eder Chiodetto
Mestre em Comunicação e Artes pela Universidade de São Paulo, é jornalista, fotógrafo, curador independente, crítico de fotografia e publisher da Fotô Editorial. Autor de livros como O Lugar do Escritor (Cosac Naify), vencedor do Prêmio Jabuti 2004, e Curadoria em Fotografia: da pesquisa à exposição (Ateliê Fotô/Funarte, 2013). Coordenou a coleção Ipsis de Fotografia Brasileira e publicou Ser Diretor: Uma Viagem por 30 Escolas Públicas Brasileiras (Fotô Editorial, 2018). Editou cerca de 120 livros de fotógrafos como Claudia Andujar, Araquém Alcântara, Luiz Braga, German Lorca, Cristiano Mascaro, Thomaz Farkas e Rosângela Rennó. Desde 2002, realizou cerca de 130 exposições no Brasil, América do Sul, Europa, Estados Unidos e Japão.

Serviço
mostra Duo Drag de Paulo Vitale - Santos
Abertura: 21/10/2025 (terça-feira), das 19h às 22h
Local: Galeria de Arte Patrícia Galvão
Av. Senador Pinheiro Machado, 48 – 3o piso, Vila Mathias – Santos/SP Visitação: 22/10 a 28/11/2025 (segunda a sexta, das 13h às 18h)
Entrada gratuita
Site: https://www.santos.sp.gov.br/?q=portal/galeria-de-arte-patricia-galvao

Realização
Kromo; Programa de Ação Cultural (ProAC); Secretaria da Cultura,
Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo

Apoio
Prefeitura de Santos

redes sociais
Paulo Vitale @paulovitale
Duo Drag @duodrag
Eder Chiodetto @ederchiodetto

Galeria de Arte Patrícia Galvão @santoscidade  

Museu do Futebol celebra abertura da exposição ¡Cancha Brava! com oficina e música ao vivo no sábado (18)

Haverá oficina artística e show acústico inspirados na cultura sul-americana, que é o tema da exposição temporária

No sábado, 18 de outubro, o Museu do Futebol entra de vez no clima do futebol sul-americano e promove uma programação que combina arte, música e celebração com a abertura da nova exposição ¡Cancha Brava! Futebol sudamericano en disputa. Das 11h às 12h30, o público pode participar de oficina com o muralista Cleber TTC e o artista Rapha Be.e.PH. Às 13h, o evento continua com apresentação musical com o grupo EntreLatinos. Localizado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, o Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo.  

O Museu abre às 9h, convidando o público a chegar cedo para explorar a nova exposição temporária e revisitar a mostra principal, que foi renovada no ano passado. Às 11h, o visitante vai soltar a criatividade e levar para casa sua própria produção na oficina de criação de bandeiras e estêncil, conduzida pelo muralista e grafiteiro Cleber TTC, que assina, junto à artista Marina da Silva Ciegle, o mural Un siglo de fiesta y rivalidad, obra inédita que integra a nova exposição. A oficina tem o reforço de Rapha Be.e.PH, artista participante da mostra, que irá demonstrar ao vivo as técnicas que utiliza para compor suas criações em pintura e bordado. 

A celebração continua às 13h, com uma apresentação musical acústica na Grande Área, quando o público vai mergulhar nos ritmos e sonoridades que festejam a diversidade cultural do futebol sul-americano. 

Sobre a exposição 

Com curadoria de Luiza Romão, Matias Pinto e Gisele de Paula, ¡Cancha Brava! propõe um percurso poético e crítico sobre as paixões, rivalidades e contradições que marcam o continente, abordando temas como colonialismo, desigualdade e resistência. Bilíngue e interativa, reúne instalações audiovisuais, obras inéditas e sons regionais para celebrar o futebol como expressão coletiva e cultural da América do Sul. Como o próprio título anuncia, a exposição é bilíngue, explorando os cruzamentos entre português e castelhano. Todos os áudios da mostra foram gravados por pessoas dos diferentes países sul-americanos em português, mas com seus sotaques, que mostram a diversidade dos falares regionais na confluência das duas línguas mais faladas no continente.  

Cancha, palavra de origem quéchua, significa tanto "campo” quanto “pipoca”. Brava, nem precisa de explicações. Juntas, elas descrevem as torcidas que apoiam e seguem seus times intensa e incondicionalmente, por toda parte, nos bons e nos maus momentos. !Cancha Brava!, assim, é uma síntese da história do nosso futebol, feita de muita paixão, particularidades e bolas divididas. 

 

SERVIÇO  

Celebração de abertura ao público da exposição ¡Cancha Brava! Futebol sudamericano en disputa 

Data: 18 de outubro 

Horário: Oficina das 11h às 12h30 e apresentação musical das 13h às 13h45. 

 

¡Cancha Brava! Futebol sudamericano en disputa 

Até 5 de abril de 2026 

Horário de funcionamento: terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até 17h).  

Ingressos: R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia)  

Grátis para crianças até 7 anos  

Grátis para todos às terças-feiras  

Saiba maiswww.museudofutebol.org.br  
 

Museu do Futebol 

Praça Charles Miller, s/n - Pacaembu - São Paulo 
De terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 17h) 
Toda primeira terça-feira do mês, até as 21h (entrada até 20h) 
R$ 24,00 (inteira) e R$ 12,00 (meia) 
Crianças até 7 anos não pagam 
Grátis às terças-feiras 
Garanta o ingresso pela internet: 
Estacionamento com Zona Azul Especial — R$ 6,67 por três horas 

 

SOBRE O MUSEU DO FUTEBOL  

Localizado numa área de 6.900 m² no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – o Pacaembu, o Museu do Futebol possui salas expositivas que instigam o visitante a experimentar sensações e compreender por que, no Brasil, o futebol é mais do que um esporte: é nosso patrimônio, parte de nossa cultura e de nossa identidade.  

O Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido pela Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

 

PATROCINADORES E PARCEIROS 

A Temporada 2025 do Museu do Futebol conta com patrocínio do Mercado Livre, Arkema, Goodyear, Farmacêutica EMS e Itaú Unibanco; apoio da Adidas, Grupo Globo, Pinheiro Neto Advogados, Grupo Zanchetta, Shopping Cidade São Paulo e Sabesp; conta ainda com a Evonik Brasil e Pacaembu Auto Peças como empresas parceiras e dos parceiros de mídia Revista Piauí, Rádio Transamérica FM, Gazeta Esportiva, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux.  O Museu do Futebol é realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e do Ministério da Cultura – Lei Rouanet.  

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Curta-metragem de diretora brasileira com colaboração de Eli Roth ganha destaque no Screamfest 2025, Festival de Terror de Los Angeles


Produção de Julia Cassini foi inspirado na lenda da loira do banheiro


O cinema brasileiro conquistou um espaço de destaque em um dos maiores e mais 

renomados festivais de terror do mundo. A diretora e roteirista Julia Cassini teve seu curta-metragem "Reflexos" selecionado para a edição de 2025 do Screamfest, festival 

que acontece entre 7 e 16 de outubro de 2025, em Los Angeles. O trabalho foi 

exibido no último domingo, 12 de outubro, no icônico Teatro Chinês, um dos locais 

mais emblemáticos de exibição cinematográfica na cidade, dentro do bloco das 14h 

(horário local). O projeto conta com a colaboração do renomado cineasta Eli Roth, 

conhecido por sua carreira de sucesso em filmes como O Albergue (2005), 

O Último Exorcismo (2010), Feriado Sangrento (2023) e Bastardos Inglórios (2009).

O curta-metragem nasceu a partir de uma entrevista que Julia fez com Eli Roth, quando 

ela compartilhou com o cineasta a famosa lenda brasileira da "loira do banheiro". Curiosa

 sobre como Roth abordaria a história, Julia perguntou como ele faria um filme inspirado 

por essa lenda. Eli Roth então narrou uma versão da história, o que inspirou Julia a 

perguntar se poderia escrever o roteiro e transformá-lo em um curta-metragem. 

Roth aceitou a proposta e autorizou que o seu nome fosse adicionado como crédito 

de colaboração.

"Quando ele me deu a liberdade de criar o roteiro e fazer o curta, fiquei muito animada. 

Trabalhar com Eli e ver o projeto se concretizar dessa forma é um sonho que estou vivendo”,

 comemora Julia.

O Screamfest, que ocorre anualmente, é considerado um dos maiores e mais prestigiados 

festivais de cinema de terror do mundo, servindo como uma plataforma essencial para novos

 talentos do gênero. A exibição do curta “Reflexos” no Teatro Chinês de Los Angeles 

representa um grande passo na carreira de Julia Cassini, colocando seu trabalho no 

radar de críticos e profissionais da indústria do cinema mundia

Tarrafa Literária: escritora Giselda Laporta Nicolelis é homenageada em festival de literatura em Santos


Evento totalmente gratuito celebra 17 anos homenageando a trajetória da autora Giselda Laporta Nicolelis no Teatro Municipal de Santos


Santos, outubro de 2025 - O Festival Tarrafa Literária, um dos mais longevos e importantes encontros de literatura do país, comemora seus 17 anos com homenagem à escritora brasileira Giselda Laporta Nicolelis. O evento, que terá abertura no dia 15 de outubro, no Teatro Municipal de Santos, celebra a vida da autora de clássicos infantojuvenis como O mistério mora ao lado, Como é duro ser diferente e Há sempre um sol. Após a cerimônia, o público poderá assistir à peça O Céu da Língua, do ator Gregório Duvivier.

 

Nesta data, haverá uma homenagem à vida e à obra da autora, conduzida por José Luiz Tahan, idealizador da Tarrafa Literária, e contará com a presença de seu filho, o médico e cientista Miguel Nicolelis.


Giselda, reconhecida por sua contribuição à literatura infantojuvenil, marcou gerações com histórias que combinam sensibilidade e reflexão social. Aos 87 anos, a escritora soma mais de cem obras publicadas no Brasil.

Nascida em 1938, em São Paulo, é detentora de importantes prêmios literários, entre eles o Prêmio Governador do Estado (1974), concedido pela Secretaria de Cultura de São Paulo, o Prêmio João de Barro, da Prefeitura de Belo Horizonte (1980), o Prêmio de Melhor Livro Juvenil do Ano, da Associação Paulista de Críticos de Arte (1981) e o Prêmio Jabuti (1985).
 

“Homenagear Giselda Laporta Nicolelis é reconhecer uma trajetória fundamental da literatura infantojuvenil brasileira, que formou gerações de leitores e segue inspirando novas histórias”, comenta José Luiz Tahan.


Logo após a cerimônia à escritora, o público poderá acompanhar de forma gratuita a peça O Céu da Língua, apresentada pelo ator Gregório Duvivier.

A programação completa do festival, que acontece entre os dias 23 e 26 de outubro, inclui mesas literárias, oficinas e apresentações artísticas que ocupam diversos espaços da cidade, reafirmando o compromisso do Tarrafa em aproximar o público da literatura brasileira contemporânea. Assim como ocorre em todas as edições, o evento literário também terá programação infantil e juvenil.

 

Serviço
Abertura da 17ª edição do Festival Tarrafa Literária
Abertura: 15 de outubro

GRATUITO
Local: Teatro Municipal Braz Cubas - Centro Cultural Patricia Galvão - Avenida Senador Pinheiro Machado, 48 - Vila Matias, Santos - SP, 11075-907
Horário: a partir das 19h
Mais informações em Link e em Link

 

Sobre a Realejo Livros

Uma livraria que é editora, uma editora que tem uma livraria, um livreiro que organiza um festival literário e uma calçada que diverte a todos. A Realejo Livros é comandada por José Luiz Tahan, autor de diversos livros, sendo a mais recente publicação, Um Intrépido Livreiro Nos Trópicos. Conheça mais no site Link  

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Fundação Bienal de São Paulo anuncia participação nacional do Brasil na 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia



Divulgação

Intitulada Comigo ninguém pode, exposição tem curadoria de Diane Lima e participação das artistas Rosana Paulino e Adriana Varejão, que ocupam o Pavilhão do Brasil a partir de maio de 2026

A Fundação Bienal de São Paulo anuncia a curadoria de Diane Lima para o Pavilhão do Brasil na 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, que acontece de 9 de maio a 22 de novembro de 2026. As artistas Rosana Paulino e Adriana Varejão, selecionadas pela curadora, integram o projeto curatorial Comigo ninguém pode, que toma as ambiguidades da planta homônima como metáfora de proteção, toxicidade e resiliência. A proposta destaca os diálogos que atravessam as trajetórias de ambas, nas quais reflexões sobre feridas coloniais e reinscrição da história dão lugar a constantes processos de metamorfose, articulando novas possibilidades de imaginação e liberação poética.

“Ser escolhida para conceber o Pavilhão do Brasil em Veneza é uma honra e uma grande responsabilidade”, afirma Diane Lima. “Juntas, Paulino e Varejão representam historicamente o que há de mais revolucionário quando se fala da presença das mulheres no campo da arte nacional. Suas poéticas em consonância e fricção fazem coro com as lutas dos movimentos sociais e da democracia, sem nunca perder a capacidade sensível de nos arrebatar e surpreender com alta qualidade técnica. Junto às ideias de proteção e toxicidade, Comigo ninguém pode, como um ditado popular, também refere-se ao processo de transferência do conhecimento sobre a natureza para o âmbito da vida, refletindo portanto um processo de manifestação coletiva que acontece naturalmente quando ‘comigo’ se torna um ‘nós’, se torna muitos e uma nação inteira, que usa a sua sabedoria como forma de defesa e soberania”, conclui.

“Meu trabalho e o de Rosana Paulino se cruzam na potência das feridas coloniais, matéria que estrutura o DNA de nossas obras e atravessa nossas pesquisas de modo visceral”, afirma Adriana Varejão. “Espero desenvolver com Rosana um diálogo inédito que também se conecte à arquitetura do pavilhão, ampliando as possibilidades de nossas trajetórias artísticas”, complementa. Para Rosana Paulino, “estar no Pavilhão do Brasil em Veneza, ao lado de Adriana Varejão, é a oportunidade de investigar feridas coloniais a partir de perspectivas femininas
distintas que se encontram num diálogo inédito. Esse encontro propõe uma revisão da história da arte ao questionar o cânone e recuperar memórias silenciadas, abrindo caminho para novas possibilidades de futuro”.

A seleção do projeto curatorial e artístico do Pavilhão do Brasil adota, desde 2023, um sistema de avaliação composto por uma comissão de representantes das três instâncias realizadoras – Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores e Fundação Bienal de São Paulo –, que analisa projetos de curadores convidados, tornando o processo mais aberto e participativo. “A curadoria de Diane Lima, com a presença de Rosana Paulino e Adriana Varejão, reafirma a potência e a complexidade da produção brasileira no cenário internacional”, diz Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. “Este anúncio coincide com o investimento na recuperação do nosso pavilhão e renova o compromisso institucional de apresentar em Veneza um projeto à altura do debate global que o Brasil tem a contribuir”, conclui.

O anúncio se alinha ao tema oficial da 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, intitulada In Minor Keys. A edição de 2026 vem na esteira da perda inesperada da curadora nomeada Koyo Kouoh e será conduzida pelo coletivo formado por Gabe Beckhurst Feijoo, Marie Helene Pereira, Rasha Salti, Siddhartha Mitter e Rory Tsapayi, profissionais selecionados por Kouoh para acompanhá-la nesse percurso curatorial e que, agora, dão continuidade ao seu legado.

Recuperação do Pavilhão do Brasil
O anúncio do projeto encabeçado por Lima — que também integrou o coletivo curatorial da 35ª Bienal de São Paulo, ao lado de Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel — acompanha ainda uma nova fase do Pavilhão do Brasil em Veneza. Em 2024, a Fundação Bienal de São Paulo iniciou o projeto de recuperação do edifício, propriedade do Ministério das Relações Exteriores, em articulação com o Ministério da Cultura. A iniciativa, que em 2026 chega à sua conclusão, contempla etapas de restauro arquitetônico, atualização de infraestrutura, acessibilidade e adequações técnicas para exposições de grande porte, assegurando melhores
condições de conservação de obras e de recepção do público.

Sobre Diane Lima
Diane Lima (Mundo Novo-BA, Brasil, 1986) é curadora, pesquisadora e uma das principais vozes do feminismo negro na arte da América Latina. Foi parte do coletivo curatorial de coreografias do impossível, a 35ª Bienal de São Paulo (2023), e assina a curadoria de exposições como Paulo Nazareth: Luzia, no Museo Tamayo (Cidade do México, 2024) e O rio é uma serpente, a 3ª Trienal de Artes Frestas (2020/2021). Também organizou o programa Diálogos Ausentes no Itaú Cultural (2016–2017), que desempenhou um papel histórico na virada anticolonial da arte contemporânea brasileira. Entre os reconhecimentos recentes estão sua nomeação como vice-presidente do Conselho Consultivo Científico da documenta e do Museum Fridericianum gGmbH (2025, Alemanha) e a premiação pela Ford Foundation Global Fellowship (2021). Diane é autora e editora da antologia Negros na Piscina: Arte Contemporânea, Curadoria e Educação (2024), que documenta os últimos dez anos de debates sobre racialidade e arte no Brasil.

Sobre Adriana Varejão
Adriana Varejão (Rio de Janeiro, Brasil, 1964) desenvolve, desde os anos 1980, uma obra marcada por reflexões críticas sobre o colonialismo e a formação plural da cultura brasileira. Realizou exposições panorâmicas em instituições como Centro de Arte Moderna Gulbenkian, em Lisboa; Pinacoteca de São Paulo; Haus der Kunst (Munique); Museo Tamayo (Cidade do México); ICA (Boston); Malba (Buenos Aires); Hara Museum (Tóquio); e Fondation Cartier (Paris). Também participou das bienais de São Paulo, Sydney, Havana, Liverpool e Istambul. Ao longo de sua trajetória, recebeu importantes reconhecimentos como a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura do Brasil, e a condecoração Chevalier des Arts et des Lettres, do governo francês. Suas obras integram coleções de museus como Tate Modern (Londres), Metropolitan Museum of Art e Guggenheim (Nova York), Dallas Museum of Art, Stedelijk Museum (Amsterdã), Fundação Serralves (Porto), Museo Reina Sofía (Madri) e MASP (São Paulo). No Instituto Inhotim, em Brumadinho-MG, possui um pavilhão permanente dedicado à sua obra.

Sobre Rosana Paulino
Rosana Paulino (São Paulo, Brasil, 1967) vive e trabalha em São Paulo. Doutora em artes visuais e bacharel em gravura pela Escola de Comunicações e Artes da USP, é também especialista em gravura pelo London Print Studio. Reconhecida como uma das artistas mais relevantes de sua geração, recebeu prêmios de grande prestígio, como o Konex Mercosur: Artes Visuais (Argentina, 2022) e o MUNCH Award (Noruega, 2024). Sua obra integra os acervos de importantes instituições, entre elas: MAM SP, Pinacoteca de São Paulo, MASP e Museu Afro Brasil Emanoel Araujo (todos em São Paulo), Malba (Buenos Aires), MoMA, Nova York, University of New Mexico Art Museum (Albuquerque), Harvard Art Museums (Cambridge), Tate Modern (Londres) e Centre Pompidou (Paris).

Sobre a Fundação Bienal de São Paulo
Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos e vinculações político-partidárias ou religiosas, cujas ações visam democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição do hemisfério Sul, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea referência na América Latina (Arquivo Histórico Wanda Svevo), e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.

A Fundação Bienal de São Paulo agradece seu parceiro estratégico Itaú e seus patrocinadores máster Bloomberg, Bradesco, Petrobras, Vale, Citi e Vivo.

Pavilhão do Brasil na 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia
Comissária: Andrea Pinheiro, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Curadoria: Diane Lima
Participantes: Adriana Varejão e Rosana Paulino
Local: Pavilhão do Brasil
Endereço: Giardini Napoleonici di Castello, Padiglione Brasile, 30122, Veneza, Itália
Data: 9 de maio a 22 de novembro de 2026
Pré-abertura: 6 a 8 de maio de 2026

Fundação Bienal de São Paulo
Parque Ibirapuera · Portão 3 · Pavilhão Ciccillo Matarazzo
04094-000 · São Paulo · SP · Brasil
www.bienal.org.br
T +55 11 5576 7600

contato@bienal.org.br