quinta-feira, 9 de outubro de 2025
Fundação Bienal de São Paulo anuncia participação nacional do Brasil na 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia
A Fundação Bienal de São Paulo anuncia a curadoria de Diane Lima para o Pavilhão do Brasil na 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, que acontece de 9 de maio a 22 de novembro de 2026. As artistas Rosana Paulino e Adriana Varejão, selecionadas pela curadora, integram o projeto curatorial Comigo ninguém pode, que toma as ambiguidades da planta homônima como metáfora de proteção, toxicidade e resiliência. A proposta destaca os diálogos que atravessam as trajetórias de ambas, nas quais reflexões sobre feridas coloniais e reinscrição da história dão lugar a constantes processos de metamorfose, articulando novas possibilidades de imaginação e liberação poética.
“Ser escolhida para conceber o Pavilhão do Brasil em Veneza é uma honra e uma grande responsabilidade”, afirma Diane Lima. “Juntas, Paulino e Varejão representam historicamente o que há de mais revolucionário quando se fala da presença das mulheres no campo da arte nacional. Suas poéticas em consonância e fricção fazem coro com as lutas dos movimentos sociais e da democracia, sem nunca perder a capacidade sensível de nos arrebatar e surpreender com alta qualidade técnica. Junto às ideias de proteção e toxicidade, Comigo ninguém pode, como um ditado popular, também refere-se ao processo de transferência do conhecimento sobre a natureza para o âmbito da vida, refletindo portanto um processo de manifestação coletiva que acontece naturalmente quando ‘comigo’ se torna um ‘nós’, se torna muitos e uma nação inteira, que usa a sua sabedoria como forma de defesa e soberania”, conclui.
“Meu trabalho e o de Rosana Paulino se cruzam na potência das feridas coloniais, matéria que estrutura o DNA de nossas obras e atravessa nossas pesquisas de modo visceral”, afirma Adriana Varejão. “Espero desenvolver com Rosana um diálogo inédito que também se conecte à arquitetura do pavilhão, ampliando as possibilidades de nossas trajetórias artísticas”, complementa. Para Rosana Paulino, “estar no Pavilhão do Brasil em Veneza, ao lado de Adriana Varejão, é a oportunidade de investigar feridas coloniais a partir de perspectivas femininas
distintas que se encontram num diálogo inédito. Esse encontro propõe uma revisão da história da arte ao questionar o cânone e recuperar memórias silenciadas, abrindo caminho para novas possibilidades de futuro”.
A seleção do projeto curatorial e artístico do Pavilhão do Brasil adota, desde 2023, um sistema de avaliação composto por uma comissão de representantes das três instâncias realizadoras – Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores e Fundação Bienal de São Paulo –, que analisa projetos de curadores convidados, tornando o processo mais aberto e participativo. “A curadoria de Diane Lima, com a presença de Rosana Paulino e Adriana Varejão, reafirma a potência e a complexidade da produção brasileira no cenário internacional”, diz Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal de São Paulo. “Este anúncio coincide com o investimento na recuperação do nosso pavilhão e renova o compromisso institucional de apresentar em Veneza um projeto à altura do debate global que o Brasil tem a contribuir”, conclui.
O anúncio se alinha ao tema oficial da 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia, intitulada In Minor Keys. A edição de 2026 vem na esteira da perda inesperada da curadora nomeada Koyo Kouoh e será conduzida pelo coletivo formado por Gabe Beckhurst Feijoo, Marie Helene Pereira, Rasha Salti, Siddhartha Mitter e Rory Tsapayi, profissionais selecionados por Kouoh para acompanhá-la nesse percurso curatorial e que, agora, dão continuidade ao seu legado.
Recuperação do Pavilhão do Brasil
O anúncio do projeto encabeçado por Lima — que também integrou o coletivo curatorial da 35ª Bienal de São Paulo, ao lado de Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel — acompanha ainda uma nova fase do Pavilhão do Brasil em Veneza. Em 2024, a Fundação Bienal de São Paulo iniciou o projeto de recuperação do edifício, propriedade do Ministério das Relações Exteriores, em articulação com o Ministério da Cultura. A iniciativa, que em 2026 chega à sua conclusão, contempla etapas de restauro arquitetônico, atualização de infraestrutura, acessibilidade e adequações técnicas para exposições de grande porte, assegurando melhores
condições de conservação de obras e de recepção do público.
Sobre Diane Lima
Diane Lima (Mundo Novo-BA, Brasil, 1986) é curadora, pesquisadora e uma das principais vozes do feminismo negro na arte da América Latina. Foi parte do coletivo curatorial de coreografias do impossível, a 35ª Bienal de São Paulo (2023), e assina a curadoria de exposições como Paulo Nazareth: Luzia, no Museo Tamayo (Cidade do México, 2024) e O rio é uma serpente, a 3ª Trienal de Artes Frestas (2020/2021). Também organizou o programa Diálogos Ausentes no Itaú Cultural (2016–2017), que desempenhou um papel histórico na virada anticolonial da arte contemporânea brasileira. Entre os reconhecimentos recentes estão sua nomeação como vice-presidente do Conselho Consultivo Científico da documenta e do Museum Fridericianum gGmbH (2025, Alemanha) e a premiação pela Ford Foundation Global Fellowship (2021). Diane é autora e editora da antologia Negros na Piscina: Arte Contemporânea, Curadoria e Educação (2024), que documenta os últimos dez anos de debates sobre racialidade e arte no Brasil.
Sobre Adriana Varejão
Adriana Varejão (Rio de Janeiro, Brasil, 1964) desenvolve, desde os anos 1980, uma obra marcada por reflexões críticas sobre o colonialismo e a formação plural da cultura brasileira. Realizou exposições panorâmicas em instituições como Centro de Arte Moderna Gulbenkian, em Lisboa; Pinacoteca de São Paulo; Haus der Kunst (Munique); Museo Tamayo (Cidade do México); ICA (Boston); Malba (Buenos Aires); Hara Museum (Tóquio); e Fondation Cartier (Paris). Também participou das bienais de São Paulo, Sydney, Havana, Liverpool e Istambul. Ao longo de sua trajetória, recebeu importantes reconhecimentos como a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura do Brasil, e a condecoração Chevalier des Arts et des Lettres, do governo francês. Suas obras integram coleções de museus como Tate Modern (Londres), Metropolitan Museum of Art e Guggenheim (Nova York), Dallas Museum of Art, Stedelijk Museum (Amsterdã), Fundação Serralves (Porto), Museo Reina Sofía (Madri) e MASP (São Paulo). No Instituto Inhotim, em Brumadinho-MG, possui um pavilhão permanente dedicado à sua obra.
Sobre Rosana Paulino
Rosana Paulino (São Paulo, Brasil, 1967) vive e trabalha em São Paulo. Doutora em artes visuais e bacharel em gravura pela Escola de Comunicações e Artes da USP, é também especialista em gravura pelo London Print Studio. Reconhecida como uma das artistas mais relevantes de sua geração, recebeu prêmios de grande prestígio, como o Konex Mercosur: Artes Visuais (Argentina, 2022) e o MUNCH Award (Noruega, 2024). Sua obra integra os acervos de importantes instituições, entre elas: MAM SP, Pinacoteca de São Paulo, MASP e Museu Afro Brasil Emanoel Araujo (todos em São Paulo), Malba (Buenos Aires), MoMA, Nova York, University of New Mexico Art Museum (Albuquerque), Harvard Art Museums (Cambridge), Tate Modern (Londres) e Centre Pompidou (Paris).
Sobre a Fundação Bienal de São Paulo
Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos e vinculações político-partidárias ou religiosas, cujas ações visam democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição do hemisfério Sul, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea referência na América Latina (Arquivo Histórico Wanda Svevo), e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.
A Fundação Bienal de São Paulo agradece seu parceiro estratégico Itaú e seus patrocinadores máster Bloomberg, Bradesco, Petrobras, Vale, Citi e Vivo.
Pavilhão do Brasil na 61ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia
Comissária: Andrea Pinheiro, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Curadoria: Diane Lima
Participantes: Adriana Varejão e Rosana Paulino
Local: Pavilhão do Brasil
Endereço: Giardini Napoleonici di Castello, Padiglione Brasile, 30122, Veneza, Itália
Data: 9 de maio a 22 de novembro de 2026
Pré-abertura: 6 a 8 de maio de 2026
Fundação Bienal de São Paulo
Parque Ibirapuera · Portão 3 · Pavilhão Ciccillo Matarazzo
04094-000 · São Paulo · SP · Brasil
www.bienal.org.br
T +55 11 5576 7600
terça-feira, 7 de outubro de 2025
Conheça os 5 finalistas de cada categoria da 67ª edição do Prêmio Jabuti
Cerimônia de premiação acontece em 27 de outubro, com transmissão ao vivo pelo YouTube da CBL
A contagem regressiva começou! A Câmara Brasileira do Livro (CBL), organizadora do Prêmio Jabuti, acaba de divulgar os cinco finalistas de cada categoria da 67ª edição da tradicional premiação do livro brasileiro. A lista completa já está disponível no site oficial: www.premiojabuti.com.br/jabuti
Os vencedores das 23 categorias, distribuídas nos eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação, além do cobiçado título de Livro do Ano, serão anunciados na cerimônia marcada para 27 de outubro de 2025, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
A cerimônia será exclusiva para convidados, no entanto, será transmitida ao vivo para todo o Brasil pelo canal da CBL no YouTube, permitindo que leitores, editoras e autores acompanhem este momento decisivo da literatura nacional.
Para Sevani Matos, presidente da CBL, este é um momento de celebração: “Nos dedicamos intensamente ao longo do ano para realizar a principal distinção literária do país e estamos ansiosos para revelar as melhores obras e autores desta edição. Todos os inscritos, e especialmente os finalistas, estão de parabéns e merecem nosso reconhecimento.”
O curador do prêmio, Hubert Alquéres, também ressalta a relevância da edição: “Recebemos um total de 4.530 inscrições, o que demonstra a vitalidade da produção literária brasileira e a importância do Jabuti. Agradecemos aos jurados pela dedicação e pelo empenho em selecionar, entre tantas obras de qualidade, aquelas que chegam à etapa final.”
O processo de curadoria e julgamento das obras desta edição envolveu mais de 60 jurados e juradas com formações diversas e ampla representatividade, assegurando assim, a pluralidade de olhares e critérios de excelência da premiação.
Os vencedores receberão a estatueta do Jabuti e um prêmio de R$ 5 mil.
Já o autor contemplado com o título de Livro do Ano ganhará um reconhecimento ainda maior: além da estatueta e de R$ 70 mil, será premiado com uma viagem à Feira do Livro de Londres, em comemoração ao Ano da Cultura Brasil-Reino Unido. O pacote inclui passagem aérea, hospedagem, alimentação, credencial de acesso ao evento e uma agenda exclusiva organizada pela CBL, com encontros, palestras e ações de divulgação da obra.
Fomento à Leitura Rio Capital Mundial do Livro
Entre as novidades de 2025 está a categoria especial Fomento à Leitura – Rio Capital Mundial do Livro, dedicada exclusivamente a projetos desenvolvidos na cidade do Rio de Janeiro.
Os três finalistas nesta categoria especial são:
Biblioteca MArginow: Projeto comunitário em Antares que transformou um antigo posto policial em biblioteca viva, com clubinho de leitura, saraus e ações inclusivas, impactando milhares de moradores.
LER Festival do Leitor: Plataforma que leva o livro a múltiplos territórios, com programação plural, formação de educadores e público expressivo em 2024, articulando literatura, arte e cidadania.
Rio Capital Mundial do Livro: Programa público que fortalece políticas estruturantes do livro e das bibliotecas (como Bibliotecas do Amanhã e Paixão de Ler), com investimento expressivo e alcance em diferentes territórios.
Sobre o Prêmio Jabuti
Criado em 1958, o Prêmio Jabuti consolidou-se como a principal distinção literária do Brasil e referência no mercado editorial. Reconhecido como patrimônio cultural, valoriza todos os elos da indústria do livro, celebra a diversidade da produção nacional e acompanha, ao lado dos leitores, as transformações da sociedade brasileira. Mais do que uma premiação, o Jabuti é um termômetro da produção intelectual brasileira e um espaço de reconhecimento da diversidade, inovação e excelência editorial.
sábado, 4 de outubro de 2025
36a Bienal de São Paulo apresenta programação especial para o público infantojuvenil durante o mês de outubro
Vivências coletivas e oficinas convidam crianças a partir de 5 anos a explorar os temas das obras da 36a Bienal de São Paulo
São Paulo, 03 de outubro de 2025 - No mês das crianças, a Fundação Bienal de São Paulo celebra o público infantojuvenil com uma programação especial dentro da 36a Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática. As atividades, conduzidas pelo arte-educador Thiago Franco, partem de obras presentes na mostra para propor experiências de criação, reflexão e prática artística em diálogo com seus temas.
Destinadas a crianças a partir de 5 anos, acompanhadas por seus responsáveis, as atividades são todas gratuitas e acontecem em três encontros ao longo de outubro, no Espaço de Educação, no Pavilhão da Bienal. As inscrições devem ser realizadas presencialmente no Espaço de Educação, no térreo.
A iniciativa amplia a proposta curatorial da 36a edição ao criar experiências de aproximação entre a infância e a arte contemporânea, em formatos que combinam visitação, experimentação lúdica e criação coletiva. As atividades se baseiam nas obras de Antonio Társis, Marlene Almeida e Nádia Taquary, presentes na 36a Bienal de SãoPaulo.
Programação
05/10: Visita temática “Chama chão”
A visita temática "Chama chão" convida as crianças a investigarem o conceito de chão e território. A atividade propõe uma reflexão lúdica e afetiva sobre a matéria terra, inspirada na instalação Terra viva (2025)
da artista Marlene Almeida. Além da materialidade, o grupo será provocado a dialogar sobre o contexto de território no universo das infâncias, ampliando suas perspectivas e criando novos diálogos. A experiência começa com questionamentos como: O que há sob os pés das crianças? Que outros chãos elas já pisaram? Onde aprenderam a andar? Seus pais e avós nasceram neste solo brasileiro? Para construir uma infância com direito ao brincar, é preciso liberdade no quintal? A Bienal pode ser um chão para a criança?
Horário: 10h30 - 12h
Local: Espaço de educação, térreo
Público: crianças maiores de 5 anos e seus acompanhantes
*inscrições no espaço de educação e ação limitada a 15 crianças
acompanhadas pelos responsáveis
11/10: Visita temática “O som do invisível”
O som tem cor? O silêncio é invisível? Qual foi o primeiro som que ouviu na vida? Batida do coração é tambor? Para ouvir o silêncio é preciso desacelerar? Quanto tempo é preciso para se ouvir tudo que há no espaço?
Esta visita temática convida as crianças a silenciar os ouvidos para ouvirem com imaginação e com uma escuta desacelerada a exposição. O encontro além de se inspirar em alguns dos temas curatoriais como tempo, espaço, calma e silêncio, toma como caminho sonoro a obra do artista Antonio Társis – catástrofe orquestra (ato1) – e propõe a construção de uma paisagem sonora a partir das obras que visitaremos até chegar na obra de Társis.
Essa construção criativa da paisagem sonora se dará de forma lúdica por meio de proposta brincante e imaginativa durante a visita. O arte-educador Thiago Franco conduzirá o grupo com uma “maleta – caixa de música – caixa sonora” que guardará os sons propostos pelas crianças durante o encontro. Ao fim da visita, escutarão qual canção silenciosa puderam criar juntos.
Horário: 10h30 - 12h
Local: Espaço de educação, térreo
Público: crianças maiores de 5 anos e seus acompanhantes
*inscrições no espaço de educação e ação limitada a 15 crianças
acompanhadas pelos responsáveis
25/10: Visita-ateliê “Estado de pássaro”
Seria mais fácil conhecer o mundo se fossemos pássaros? O pássaro precisa de passaporte para imigrar? Existem fronteiras para as aves? Será que em uma exposição de arte contemporânea existem pássaros
de outros lugares? Já viu um homem-pássaro? Já viu uma mulher-pássaro? Já conheceu uma criança-pássaro? O pássaro preso ainda é pássaro? Esta visita-ateliê tem como inspiração a ideia de fluxos migratórios das aves e pessoas que buscam ou são retiradas de seus territórios. O encontro inicia-se na obra da artista Nádia Taquary – Irókó: a árvore cósmica, 2025 – e provocará as crianças, por meio de uma narrativa
lúdica, a percorrerem o espaço da exposição pensando na força e poética que pode conter o movimento de migração dos pássaros. O encontro pretende visitar os três pisos da exposição, percebendo
quais obras podem dialogar com o estado de liberdade.
Horário: 10h30 - 12h
Local: Espaço de educação
Público: crianças maiores de 5 anos e seus acompanhantes
*inscrições no espaço de educação e ação limitada a 15 crianças acompanhadas pelos responsáveis
Sobre a 36a Bienal de São Paulo
Com conceito criado pelo curador geral Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, em parceria com as cocuradoras Alya Sebti, Anna Roberta Goetz e Thiago de Paula Souza, a cocuradora at large Keyna Eleison e a consultora de comunicação e estratégia Henriette Gallus, além dos assistentes curatoriais André Pitol e Leonardo Matsuhei, a próxima edição se inspira no poema “Da calma e do silêncio”, da escritora Conceição Evaristo, e tem como um de seus principais fundamentos a escuta ativa da humanidade como prática em
constante deslocamento, encontro e negociação. Ao todo, a edição deste ano reúne 120 posições artísticas no Pavilhão da Bienal e mais cinco na Casa do Povo, cocurados por Benjamin Seroussi e Daniel Blanga-Gubbay.
A Fundação Bienal de São Paulo agradece seu parceiro estratégico Itaú e seus patrocinadores máster Bloomberg, Bradesco, Petrobras, Instituto Cultural Vale, Citi e Vivo.Esse projeto é realizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Sobre a Fundação Bienal de São Paulo
Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos e vinculações político-partidárias ou religiosas, cujas ações visam democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição do hemisfério Sul, criada em 1951, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea referência na América Latina (Arquivo Histórico Wanda Svevo), e o Pavilhão Ciccillo
Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.
36a Bienal de São Paulo – Nem todo viandante anda estradas – Da
humanidade como prática
Curador geral: Bonaventure Soh Bejeng Ndikung / Cocuradores: Alya Sebti,
Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza / Cocuradora at large: Keyna
Eleison / Consultora de comunicação e estratégia: Henriette Gallus
6 set 2025 – 11 jan 2026
ter – sex e dom, 10h – 18h (última entrada: 17h30)
sáb, 10h – 19h (última entrada: 18h30)
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Parque Ibirapuera · Portão 3 · São Paulo, SP
entrada gratuita
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
SÉRIE INFANTIL “BIA DESENHA” CHEGA AO SESCTV
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Dirigida por Neco Tabosa, animação pernambucana acompanha duas crianças, os primos Bia e Raul, que transformam seu cotidiano em invenção, através de desenhos, sonhos e descobertas
As duas casas onde moram – Bia com a mãe, Raphaela; Raul com o pai, João – dividem o mesmo terreno, de frente para um quintal herdado pela família. Entre as brincadeiras, a presença do cachorro Bolinha e da galinha Adelaide, a rotina escolar e os encontros depois da aula, a dupla descobre que desenhar pode ser um modo de conversar, guardar lembranças e reinventar o mundo.
A série investiga a comunicação infantil por meio de traços, bilhetes e mensagens, abordando temas que atravessam o imaginário das crianças enquanto elas dão forma às próprias histórias.
No primeiro episódio, Anjo de Jambo (11/10), Raul desperta de um sonho que tenta contar ao pai, mas não encontra escuta. No quintal, ao lado de Bia, transforma a lembrança em desenho: um mundo inteiro em cor de rosa.
Na sequência, em Hora do Egito (18/10), uma queda de energia interrompe a aula e leva os primos para uma brincadeira com água e terra, que acaba em figuras improvisadas de faraós.
Já em Brincar Junto é Mais Gostoso (25/10), um desentendimento com sua mãe faz Bia se recolher em seus desenhos, até que percebe que compartilhar a brincadeira com Raul pode ser tão importante quanto inventar sozinha.
SERVIÇO
BIA DESENHA
Direção: Neco Tabosa
Classificação indicativa: Livre
Exibição: Sábados, às 10h15
Reapresentações: domingo, 17h45; segunda, 15h15; terça, 9h15; quinta, 11h
Próximos episódios:
Episódio 1: Anjo de Jambo
11/10, sábado, 10h15
Episódio 2: Hora do Egito
18/10, sábado, 10h15
Brincar Junto é Mais Gostoso
25/10, sábado, 10h15
Sob demanda
Assista em sesctv.org.br/noar
Para sintonizar o SescTV:
Consulte sua operadora
Assista também online em sesctv.org.br
Siga o SescTV nas redes @sesctv
SOBRE O SESCTV
O SescTV é um canal de difusão cultural do Sesc em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o Brasil. Sua programação é constituída por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com variadas expressões da música e da dança contemporânea. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira em conexão com temas universais. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras linguagens artísticas também estão presentes na programação.
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
Dia das Crianças, atividades educativas e Memofut: confira a programação de outubro no Museu do Futebol
Instituição oferece a tradicional reunião do Memofut, e o Encontro de Colecionadores de Figurinhas. Dia das Crianças também entra na programação com atrações gratuitas para a garotada
Local: Auditório
Local: Área externa do Museu do Futebol
Local: Área externa do Museu do Futebol
De terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 17h)
Toda primeira terça-feira do mês, até as 21h (entrada até às 20h)
R$ 24,00 (inteira) e R$ 12,00 (meia)
Crianças até 7 anos não pagam
Grátis às terças-feiras
Garanta o ingresso pela internet:
Estacionamento com Zona Azul Especial — R$ 6,67 por três horas
A Temporada 2025 do Museu do Futebol conta com patrocínio do Mercado Livre, Arkema, Goodyear, Farmacêutica EMS e Itaú Unibanco; apoio da Adidas, Grupo Globo, Pinheiro Neto Advogados, Grupo Zanchetta e Sabesp; conta ainda com a Evonik Brasil como empresa parceira e dos parceiros de mídia Revista Piauí, Rádio Transamérica FM, Gazeta Esportiva, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux. O Museu do Futebol é realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e do Ministério da Cultura – Lei Rouanet.
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Vinhedo celebra Dia das Crianças com musical infantil
Com o tema alimentação saudável, espetáculo tem sessão única e gratuita no Teatro Municipal
O espetáculo infantil O Canto das Vitaminas tem sessão única e gratuita, em Vinhedo (SP), no dia 12 de outubro. A peça traz as peripécias de uma garota que descobre o quão colorido é o mundo dos alimentos e será encenada às 17h no Teatro Municipal Sylvia de Alencar Matheus.
O enredo conta a história de Polyana, uma menina que não gosta de comer. Sua mãe, preocupada, leva-a até o médico, que é, na verdade, um cientista muito divertido. Juntos, iniciam uma jornada pela terra dos legumes e verduras. Lá, Polyana faz amizade com os personagens Alface, Beterraba, Espinafre e Banana e acaba descobrindo sobre a origem dos alimentos e a sua importância para uma vida saudável.
O projeto, que percorre diversas cidades do estado tem, na cidade, patrocínio da Parafix , empresa de sistemas de fixação para o segmento personal care automotivo e industrial no Brasil que, desde o ano 2000 oferece produtos de alta qualidade, presentes em diferentes mercados, como higiênico, automotivo, limpeza, militar, calçado, abrasivos, embalagem e construção civil, entre outros. Em 2012, se uniu ao grupo APLIX®, permitindo a implementação de novas tecnologias e produtos em diferentes mercados. Como empresa, acredita na construção de um futuro responsável agindo de maneira concreta, operante e sempre comprometida com práticas socioambientais.
INGRESSOS Para assistir ao espetáculo é preciso retirar gratuitamente o ingresso online, a partir das 9h da manhã do dia 2 de outubro, neste link. Depois, é só apresentar o QR code na entrada do evento, lembrando que será preciso validá-lo 20 minutos antes. Para as crianças maiores de dois anos também é preciso solicitar ingresso no site, além da entrada do adulto responsável.
A peça O Canto das Vitaminas é viabilizada pelo Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da empresa Parafix e realização da D'color Produções Culturais, que atua no mercado de produção cultural assessorando, planejando e executando projetos.
O Teatro Municipal Sylvia de Alencar Matheus fica na rua Monteiro de Barros, 101 - Centro, Vinhedo (SP). Mais informações pelo telefone (19) 3256 4500, WhatsApp (19) 99383 1385 ou pelo e-mail contato@dcolor.art.br.
FICHA TÉCNICA - Elenco: Biah Carfig, Mariana Sancar, Vanessa Scorsoni, Giuliana Melito, Fabrício Bini, Fábio Galvão e Flávio Costa | Direção: Biah Carfig | Direção musical e arranjos: Fernando Zuben | Coreografias: André Farias | Figurinos: Leo Diniz | Cenário: Diorama Filme l Produtor executivo: Marco Antonio Cruz Filho | Produtora executiva: Cristiane Cais | Produção: Dcolor Produções Culturais.
VIDEO CLIQUE AQUI
SERVIÇO
Espetáculo O Canto das Vitaminas
Data 12/10 Horários 17h
Local Teatro Municipal Sylvia de Alencar Matheus l Endereço Rua Monteiro de Barros, 101 - Centro, Vinhedo (SP) ACESSE O MAPA AQUI
Classificação Livre l Ingresso gratuito e disponível para retirada a partir das 9h da manhã do dia 02/10 clicando aqui
Acessibilidade: Libras (Língua Brasileira de Sinais)
Informações: (19) 3256 4500 e (19) 99383 1385 | contato@dcolor.art.br
Instagram @dcolorcultura | Facebook @dcolorproducoes
sábado, 27 de setembro de 2025
Sony abre inscrições para premiações globais de cinema e fotografia 2026
© Ian Ford Concursos oferecem até US$ 25 mil, equipamentos da Sony e experiências internacionais em Los Angeles e Londres A Sony anunciou a abertura das inscrições para duas de suas mais importantes premiações internacionais: o Future Filmmaker Awards 2026, dedicado ao cinema, e o World Photography Awards 2026, que celebra a fotografia c ontemporânea. Ambas as iniciativas são gratuitas, abertas a participantes de todo o mundo e oferecem premiações em dinheiro, equipamentos Sony Digital Imaging e experiências de desenvolvimento profissional.
Future Filmmaker Awards 2026 – inscrições até 16 de dezembro de 2025 Voltado para novos cineastas, o programa reconhece talentos emergentes por meio de curtas-metragens em diferentes categorias. Os vencedores de cada uma recebem US$ 5 mil, equipamentos Sony e uma experiência exclusiva de quatro dias em Los Angeles, com workshops e encontros com executivos da indústria cinematográfica, entre 8 e 11 de junho de 2026, no Sony Pictures Studios, em Culver City.
As categorias do Future Filmmaker Awards 2026 incluem Ficção, com filmes de 5 a 20 minutos; Não Ficção, também com obras de 5 a 20 minutos; Animação, com produções de 2 a 20 minutos em qualquer técnica; Estudante, aberto a alunos de cursos de cinema com filmes de 5 a 20 minutos em qualquer gênero; e Sustentabilidade, voltada a projetos que abordem temas como meio ambiente, diversidade e inclusão.
A edição de 2026 traz ainda a Competição Future Format: Vertical, que desafia os participantes a produzirem filmes verticais (9:16) de 2 a 5 minutos, com premiação de US$ 2,5 mil, equipamentos Sony e participação no programa em Los Angeles. As inscrições estão abertas em sonyfuturefilmmakerawards.com.
Sony World Photography Awards 2026 – inscrições em diferentes prazos até janeiro de 2026 Organizado pela Creo e pela World Photography Organisation, com apoio da Sony, o programa reconhece desde jovens talentos até fotógrafos consagrados, oferecendo visibilidade internacional, prêmios em dinheiro e a oportunidade de integrar exposições globais.
No Sony World Photography Awards 2026, os fotógrafos podem participar em quatro concursos principais: Profissional, com séries de 5 a 10 imagens em dez categorias, com prazo até 13 de janeiro de 2026; Aberto, que premia as melhores imagens individuais do ano em dez categorias, com inscrições até 6 de janeiro de 2026; Juventude, destinado a participantes com até 19 anos, também com prazo até 6 de janeiro de 2026; e Estudante, voltado a projetos de alunos de fotografia de todo o mundo, com inscrições abertas até 28 de novembro de 2025.
As premiações incluem US$ 25 mil ao Fotógrafo do Ano, US$ 5 mil ao vencedor do Concurso Aberto e US$ 5 mil ao vencedor do Prêmio de Sustentabilidade. Além disso, os finalistas e vencedores terão seus trabalhos exibidos em Londres e em turnê internacional, com todas as despesas de viagem custeadas pela Sony.
As inscrições estão abertas em worldphoto.org. |
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
Editora Moderna é semifinalista com duas obras na categoria Infantil do Prêmio Jabuti 2025
Em Kuski, Ilan Brenman, autor exclusivo da Moderna e vencedor do Jabuti 2024 com Cabo de Guerra, apresenta a história de um menino que nasceu “em pedaços” e se recompõe a cada experiência afetiva. O aroma do bolo da avó, o doce de leite feito pela tia ou a alegria de brincar com o cachorro o mantêm inteiro, mas as brigas e tristezas o fazem desmanchar-se. A narrativa mostra, de forma delicada, como as dores e fragilidades da infância podem ser ressignificadas ao longo da vida. As ilustrações de Giulia Pintus traduzem esse processo em imagens poéticas, utilizando linhas vermelhas, peças de quebra-cabeças e jogos de montar como símbolos de integridade e reconstrução.
Já em Estações, Daniel Munduruku conduz os leitores a uma viagem pelas fases da vida em diálogo com as estações do ano. Em versos simples e encantadores, o autor, uma das vozes mais importantes da literatura indígena brasileira, revela como somos parte indissociável do ambiente que nos cerca. Nascido no Pará e pertencente ao povo Munduruku, o escritor soma mais de 60 livros publicados e dois prêmios Jabuti. Nesta obra, suas palavras ganham ainda mais potência com as ilustrações de Marilda Castanha, artista premiada no Brasil e no exterior, cuja arte completa e amplia a experiência poética da narrativa Com as duas obras semifinalistas, a Editora Moderna reforça sua posição de destaque no cenário da literatura infantil brasileira, e destaca suas obras na promoção tanto da valorização da tradição oral e cultural dos povos indígenas quanto da produção de narrativas contemporâneas que abordam, de forma sensível, as emoções e os desafios vivenciados na infância. A cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti será realizada em 27 de outubro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Sobre a Moderna A Moderna atua há mais de 55 anos com o compromisso de educar para um mundo em constante movimento. Uma empresa que sempre se renova para atender às demandas reais da educação pública, trabalhando permanentemente para levar a professores, gestores e alunos uma proposta educacional efetiva e alinhada com as necessidades do país. A empresa é líder no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Os autores e especialistas conhecem profundamente a realidade da escola brasileira e suas particularidades regionais. O conteúdo que levamos todos os anos a milhões de estudantes, produzido por uma equipe dedicada exclusivamente ao desenvolvimento da educação pública, é baseado em conhecimento, pesquisa e inovação. A Moderna é parte do Grupo Santillana, empresa educativa líder em conhecimento, inovação e tecnologia educacional na América Latina. Com presença em 19 países, o grupo tem um forte compromisso com a agenda da sustentabilidade e tem o propósito de contribuir para uma sociedade inclusiva, diversa e equitativa. |
quinta-feira, 25 de setembro de 2025
Geração Alpha exige mudanças no ambiente escolar e gestores precisam repensar modelo tradicional para manter engajamento
Mais conectados e questionadores, alunos nascidos a partir de 2010 demandam inovação, personalização e propósito no aprendizado
São Paulo, setembro de 2025 - A sala de aula do século XXI já não comporta mais o modelo de ensino que marcou a formação de gerações anteriores. A Geração Alpha, composta por crianças nascidas a partir de 2010 e imersa em um mundo digital e hiperconectado, chega às escolas com demandas inéditas e que colocam em xeque a estrutura tradicional.
Segundo a consultoria McCrindle, que cunhou o termo, trata-se da geração mais educada e tecnologicamente habilidosa da história, o que exige das instituições uma revisão profunda de suas práticas.
Os gestores escolares, portanto, enfrentam o desafio de manter o engajamento desses alunos, que não correspondem mais apenas com aulas expositivas ou metodologias centradas no professor. Estudos apontam que 65% das crianças que hoje estão no ensino fundamental trabalharão em profissões que ainda não existem.
“O modelo de escola baseado apenas na transmissão de conteúdos já não responde às expectativas dessa nova geração. A Geração Alpha busca sentido, participação e experiências que dialoguem com sua realidade, marcada pela tecnologia e pela velocidade da informação”, explica Maria Cláudia Amaro, fundadora da Rhyzos Educação, instituição destinada a criar, desenvolver, apoiar e investir em negócios e iniciativas em educação básica no Brasil.
Contudo, Maria Cláudia ressalta que não se trata apenas de oferecer tablets para as crianças, mas de repensar currículos, estratégias e a própria função do professor, que passa a ser mediador e orientador de percursos individuais de aprendizagem.
Ainda segundo a especialista, o impacto esperado é amplo: formar alunos mais preparados para lidar com desafios complexos, capazes de inovar e de atuar em um mercado de trabalho que valoriza habilidades socioemocionais e digitais.
“Para os gestores, significa sair da zona de conforto e assumir o protagonismo de liderar mudanças reais, que aproximem escola e aluno em torno de um propósito comum. Nunca tivemos uma geração tão preparada para aprender de forma colaborativa e autônoma. Cabe às escolas decidir se vão acompanhá-los nessa jornada ou se continuarão a perder relevância diante de um mundo em constante transformação”, conclui Maria Cláudia Amaro.
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Mara Mourão adaptará "Adeus Sapiens" para o cinema
Obra futurista do brasileiro James Marins, que será lançada no mês de outubro, expõe o impacto do Homo economicus na destruição do planeta
A cineasta Mara Mourão, vencedora de dois Kikitos e indicada ao Emmy Awards pelo documentário Doutores da Alegria, adaptará para as telas a obra Adeus Sapiens, livro do autor brasileiro James Marins, que será lançado no mês de outubro.
A obra, que mergulha na crise socioclimática enfrentada pela humanidade, faz um questionamento direto ao Homo economicus, o “filho ganancioso” do Homo sapiens, responsável por colocar o planeta em rota de uma crise climática sem precedentes. Longe de ser uma distopia, o trabalho propõe um plano de transformação e se apresenta como uma “eutopia” — uma visão positiva de futuro, baseada em valores realistas e alcançáveis. No livro, Marins demonstra coragem ao conceber alternativas para o fim de um “sistema obsceno de alta concentração de renda”, que alimenta o abismo da desigualdade social.
“O livro tem um formato de memórias fragmentadas, que são amarradas pela personagem Mariá, uma figura que funciona como confidente, testemunha e consciência externa”, explica Mara Mourão. “Esse recurso é muito inteligente, porque permite que a narrativa salte no tempo e no espaço sem perder o fio condutor. É um formato que apresenta um desafio para a adaptação cinematográfica, porque os ritmos, flashbacks e flashforwards precisam criar um roteiro coeso, com estrutura de roteiro, climax e pontos de virada. Imageticamente, o livro apresenta imagens avassaladoras”, finaliza a cineasta.
Mara Mourão, que estreia nos cinemas em 2 de outubro o seu mais recente documentário, Muito Além do Lucro, une forças com James Marins para levar a poderosa mensagem de Adeus Sapiens, reforçando, por meio da arte, a urgência de repensarmos nosso modo de viver e nossa relação com o planeta.