Curitiba vai
ganhar mais um título neste ano. Além de capital paranaense, a cidade será
também a capital internacional das histórias em quadrinhos. Entre os dias 25 e
28 de outubro, uma gama de autores, mostras e debates tomará conta dos variados
pontos culturais do município. Tudo em nome da Gibicon.
O encontro
já disse a que veio no ano passado, quando foi realizada uma edição zero do
evento. Mesmo ainda iniciante, fez com que Curitiba e seus dez mil visitantes
respirassem o tema durante os três dias de programação. A experiência, elogiada
e bem-sucedida, ganhou comparação até com Angoulême, cidade francesa que abriga
o principal festival de quadrinhos da Europa.
Para esta
primeira edição, foi mantido o objetivo central de pôr Curitiba no circuito
internacional de histórias em quadrinhos. Permaneceu também a proposta de
reunir autores, leitores e interessados pelo tema e por cultura. Todos mediados
pelas palestras, debates, mostras e sessões de autógrafos, que servirão para
dar um fiel cenário do que se produz hoje dentro e fora do país.
A
programação deste ano consegue estreitar o diálogo tanto com os temas que vêm
de fora quanto com as raízes dos quadrinhos na cidade. Um bom exemplo disso
está nas homenagens. Um dos nomes que serão lembrados pela Gibicon é o do
italiano Sergio Bonelli (1932-2011), editor de Tex, Zagor e de tantos outros
personagens importantes para a história da história em quadrinhos mundial.
Outra
lembrança da Gibicon dialoga diretamente com Curitiba e com o pioneirismo dela
no cenário nacional. Foi na cidade que surgiu, há 30 anos, a primeira Gibiteca
do país – data que pautou a homenagem. O acervo de 32 mil títulos é mantido num
espaço chamado Solar do Barão. Entre as obras, há raridades da primeira metade
do século 20, como exemplares das revistas “O Tico-Tico”.
Falar apenas
do acervo não resumiria por completo todo o papel da Gibiteca. O local é um
fomentador de leitura – atividade cuja importância dispensa maior detalhamento
– e formador de quadrinistas. Já passaram por lá mais de três gerações de
autores. Os resultados disso são lidos em publicações locais, nacionais e
estrangeiras.
Também vai
integrar a programação, com mostra e debate, a experiência de uma editora de
quadrinhos, que funcionou em Curitiba na virada da década de 1970 para a de 80.
Embora tenha tido vida curta, a Grafipar teve um impacto grande, que a Gibicon
ajudará a rememorar e a ilustrar. A empresa abrigou trabalhos de uma série de
autores brasileiros, que puderam desenvolver na casa editorial histórias de
diferentes gêneros, com destaque para o terror.
Esses três
destaques não esgotam o conteúdo do encontro internacional de quadrinhos. Mas
servem de aperitivo para esta edição um da Gibicon. Nos quatro dias de
programação – um a mais que no ano passado –, diferentes pratos serão servidos
aos visitantes, vindos de um cardápio eclético e bem-servido. Os garçons e
maîtres estarão a postos no diversificado pólo cultural da acolhedora Curitiba.
Quem provar
sairá seguramente satisfeito. Mas com aquela vontade de saborear mais e mais
aquele prato tão saboroso. Texto: Paulo Ramos – Maiores informações: http://gibicon.com.br/.
EMT - Divulgação
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